As vendas industriais do Paraná fecharam 2009 em queda de 5,77%, segundo levantamento divulgado ontem pelo Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). O número reforça os dados do IBGE do dia anterior, que mostram recuo de 7,4% na produção industrial brasileira no ano passado o pior resultado dos últimos 19 anos.
A queda no estado interrompe uma série de crescimento iniciada em 2005. O desempenho foi afetado principalmente pela crise financeira mundial, que derrubou as vendas para o exterior (-23,24%). A maior parte das negociações ocorreu dentro do próprio estado, respondendo por 39,69% do total, uma alta de 7,07%. As vendas para outros estados caíram 4,4% e representaram 39,55%.
Faturamento
Apesar da queda, o faturamento da indústria estadual foi o segundo maior da série histórica, perdendo apenas para 2008. A alta de 6,64% em dezembro puxou o resultado para cima. "Esse aumento é atípico porque, historicamente, a partir de outubro há um declínio dos negócios, que se estende até o mês de março do ano seguinte", afirma o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt.
A explicação para o faturamento em dezembro está principalmente no aumento das vendas de três setores: produtos alimentícios e bebidas, com alta de 10,61%, petróleo e produção de álcool, 5,90%, e fabricação e montagem de veículos automotores, 15,17%.
No acumulado do ano, porém, a venda de veículos sofreu forte queda, com redução de 16,88% em relação a 2008. Do total do recuo nas vendas do estado, de 5,77%, os automóveis responderam por 2,27 pontos porcentuais. "A indústria automotiva paranaense tem 25% de suas vendas realizadas fora do país e, por isso, foi mais afetada que as fábricas que produzem exclusivamente para o mercado interno", diz Schmitt.
O nível de emprego da indústria do estado também fechou 2009 em queda, com redução de 3,76% do total de pessoal empregado.
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