As vendas reais da indústria brasileira subiram 3 por cento em janeiro frente a dezembro, segundo dados dessazonalizados e com nova metodologia divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira.

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Em relação a janeiro do ano passado, houve aumento de 6 por cento, acrescentou a CNI em comunicado.

Segundo a entidade, o desempenho positivo esteve concentrado em poucos setores. "Apenas dois setores -Produtos químicos; e Refino de petróleo e álcool- explicam quase 60 por cento de todo o crescimento das vendas industriais nesse período".

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O uso da capacidade instalada caiu para 80,9 por cento em janeiro, frente a 81,1 por cento em dezembro. Em janeiro de 2006, a utilização estava em 80,2 por cento.

O número de empregados na indústria cresceu 0,2 por cento na comparação com dezembro e 3,6 por cento em relação a janeiro de 2006. Refino e álcool e Alimentos e bebidas foram os setores que mais se destacaram -alta de 21,5 por cento e 12,9 por cento, respectivamente, frente ao mesmo mês do ano passado.

A remuneração paga pela indústria aumentou 7,7 por cento em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Alimentos e bebidas foi, novamente, o setor com maior alta (16,4 por cento).

Segundo o economista da CNI Paulo Mól, consultas às federações revelaram que a indústria de açúcar foi uma das que mais contribuiu para o desempenho positivo do emprego nos setor de alimentos.

De acordo com Mól, os dados de janeiro sinalizam uma perspectiva favorável para a indústria no ano. As vendas do mês ficaram 3,7 por cento acima da média de vendas mensais em 2006.

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"Isso significa que, mesmo que as vendas não cresçam nada, haverá essa alta na comparação com o ano anterior. É o efeito 'carry-over'."

Os indicadores da CNI são levantados mensalmento com base em consultas feitas a aproximadamente 3 mil grandes e médias empresas.

A CNI alterou a base de comparação e o conceito de algumas variáveis que compõem os indicadores e também passou a divulgar pela primeira vez os dados discriminados por setores. A série foi revista a partir de 2003.

A entidade retomou, ainda, a divulgação do indicador de remuneração do trabalhador, que foi suspenso em 2006 e agora reflete a totalidade de recursos pagos aos trabalhadores, incluindo bônus e participação nos lucros.

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