As vendas de veículos no Brasil devem crescer 9,3 por cento em 2010, para novo recorde de 3,4 milhões de unidades. A projeção é da Anfavea, associação que representa as montadoras no país, que também melhorou suas estimativas para a indústria automotiva em 2009.

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Em novembro, a produção de veículos recuou 8 por cento contra outubro, a 292,1 mil unidades, mas subiu 48 por cento sobre novembro do ano passado, segundo a Anfavea.

As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mês passado no país totalizaram 251,7 mil unidades, queda de 14,5 por cento em relação a outubro, porém avanço de 41,5 por cento sobre novembro de 2008.

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Nos 11 primeiros meses do ano, as vendas subiram 8,5 por cento, para 2,85 milhões de unidades, impulsionadas pelo incentivo às vendas com a redução do IPI sobre veículos, em medida tomada pelo governo para contornar os efeitos da crise global de meados do ano passado sobre o setor.

A Anfavea mostrou ainda mais otimismo em relação às vendas no mercado interno fechadas em 2009, esperando aumento de 10,3 por cento, para número inédito de 3,11 milhões de unidades, e não mais de 6,4 por cento.

A produção neste ano ainda acumula queda de 6 por cento, em 2,93 milhões de unidades. Apesar disso, a Anfavea melhorou sua projeção para produção no acumulado de 2009. A estimativa agora é de estabilidade na comparação com 2008, com 3,22 milhões de veículos produzidos. A projeção anterior era de recuo de 5,2 por cento.

Para 2010, conforme a associação, a produção deve chegar a 3,39 milhões de veículos, alta de 5,4 por cento.

"Crescimento na produção, crescimento na demanda. As projeções consideram os benefícios fiscais até o fim de março (de 2010)... Com esses números consolidamos o Brasil como o quinto maior mercado e sexto maior produtor do mundo", disse o presidente da Anfavea, Jackson Schneider.

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A Fiat manteve a liderança do mercado interno de veículos em novembro, seguida por Volkswagen, GM e Ford.

Mercado externo

Em novembro, as exportações recuaram 0,6 por cento na comparação mensal, para 857,1 milhões de dólares, e caíram 12,7 por cento sobre um ano antes. De janeiro a novembro, as vendas externas têm queda de 44,1 por cento, para 7,31 bilhões de dólares.

A Anfavea revisou para cima também seu prognóstico para as exportações em 2009. A entidade espera agora vendas externas de 8,2 bilhões de dólares, queda de 41 por cento ante 2008. Antes, a estimativa era de 7,9 bilhões de dólares.

Para 2010, as exportações devem crescer 12,2 por cento, para 9,2 bilhões de dólares, ou 530 mil unidades.

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"Devemos ter uma balança (comercial) praticamente neutra este ano e no ano que vem. Estaremos importando o mesmo volume que exportamos", projetou Schneider.

"Claro que o dólar em queda não ajuda a competitividade do produto brasileiro lá fora. Mas as medidas que já foram adotadas pelo Ministério da Fazenda sinalizam uma clara vontade do governo de alguma coisa ser feita para evitar essa pressão sobre o produto nacional contra os importados", acrescentou.