As vendas de computadores em 2015 encolheram 36% em relação a 2014, atingindo 6,6 milhões de unidades – 2,6 milhões de desktops e 4 milhões de notebooks –, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (9) pela IDC Brasil.
O resultado é o pior em 10 anos e, segundo o IDC Brasil, refletiu a retração do consumo diante das altas frequentes do dólar e das taxas de desemprego, assim como as turbulências no cenário político-econômico.
“2015 foi o pior ano desde 2005, quando o país comercializou quase a mesma quantidade de máquinas, porém se tratava de um mercado novo, que estava em ascensão”, disse Pedro Hagge, analista de pesquisa da IDC Brasil, em nota.
Do total comercializado ano passado, 32% foram para o mercado corporativo e 68% para o consumidor final, de acordo com a consultoria.
Receita
Apesar da queda de 36% dos volumes negociados, a receita recuou apenas 13% em 2015. Isso porque o preço médio de um computador aumentou 37% ante 2014, para R$ 2.323 no ano passado. Hagge observa, ainda, que o consumidor brasileiro está mais exigente e tem optado por equipamentos mais robustos.
Apenas no quarto trimestre de 2015, as vendas de computadores totalizaram 1,4 milhão de unidades. Foram 531 mil desktops, queda de 45% ante o período de outubro a dezembro de 2014, e 847 mil notebooks, 50% menos em relação ao mesmo trimestre um ano antes.
Para 2016, a expectativa da IDC Brasil é de baixa de 18% nos volumes vendidos e alta de 20% no preço médio do produto.