O mercado brasileiro de smartphones voltou a encerrar em queda no terceiro trimestre. De julho a setembro deste ano, 10,7 milhões de celulares inteligentes foram vendidos, o que representa uma queda de 25,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Somando com a categoria de feature phones (aparelhos tradicionais), foram cerca de 11,7 milhões de aparelhos vendidos no país, 35% a menos do que no terceiro trimestre de 2014. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (10) pela consultoria IDC Brasil.
No segundo trimestre do ano, as vendas de smartphones já haviam registrado queda, com retração de 13% ante o mesmo período de 2014.
Expectativa para o ano
A expectativa da IDC Brasil é que o mercado de smartphones termine 2015 com baixa de 12,8%, com 47,5 milhões de celulares inteligentes comercializados. Já o mercado total (que inclui feature phones), deve cair 26,8% frente a 2014.
Para 2016, a projeção é de queda de ao menos 8%, com aproximadamente 43,8 milhões de smartphones comercializados
“Assim como no segundo trimestre, novamente os estoques continuam altos e os varejistas e fabricantes estão fazendo promoções para conseguir vender. Estamos voltando ao patamar de 2013. A última vez em que as vendas ficaram abaixo de 11 milhões de unidades foi no terceiro trimestre daquele ano”, afirma o analista de pesquisas da IDC Brasil, Leonardo Munin.
Motivos
Além das questões relacionadas à alta do dólar e do baixo desempenho da economia, o analista da IDC Brasil atribui o aumento do ciclo de vida dos smartphones – devido às melhorias nas especificações técnicas - como uma das razões para a queda nas vendas. Segundo ele, o usuário levava cerca de um ano e seis meses para adquirir um novo aparelho. Hoje, o interesse pela troca permanece, porém, o que se vê é que a compra tem sido cada vez mais postergada.
Porém, apesar da queda nas vendas, a receita com a comercialização dos smartphones aumentou 1,7% no terceiro trimestre deste ano, fechando o período em R$ 9,9 bilhões. O ticket médio passou de R$ 790 no primeiro trimestre de 2015 para R$ 925 no terceiro.
“Hoje há equipamentos mais robustos, com recursos mais sofisticados e, consequentemente mais caros”, completa Munin.
Desafiados, governadores da oposição refutam culpa pela inflação e antecipam debate de 2026
Trump muda jogo político da Europa e obriga países a elevarem gastos com defesa
Preço dos alimentos não cai com ameaças, mas com responsabilidade
A inflação do grotesco: três porquinhos são deixados para morrer em exposição
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast