Alta do dólar gerou repasses de preços ao consumidor e os aparelhos intermediários ficaram de R$ 30 a R$ 60 mais caros| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Uma forte reversão no mercado de smartphones em abril e maio fez a consultoria especializada IDC passar a prever queda nas vendas desses produtos no país em 2015.

CARREGANDO :)

“Os smartphones não estão mais blindados em relação ao momento econômico que atravessa no Brasil”, disse a consultoria em nota, após reportar que as vendas desses aparelhos no país caíram 1% em abril e 16% em maio na comparação com os mesmos meses do ano passado.

Segundo o levantamento, as vendas somaram 4,86 milhões de unidades em abril, e 3,89 milhões em maio.

Publicidade

Venda total de veículos novos caiu 20,67% no 1º semestre de 2015

O segmento de pesados voltou a apresentar o pior desempenho

Leia a matéria completa

Revisão

Para o segundo trimestre, a previsão da IDC é de que as vendas caiam 12% na comparação com igual etapa de 2014. A previsão anterior era de avanço de pelo menos 5%.

Em 2014, o mercado de smartphones cresceu cerca de 56%, para 54,5 milhões de unidades. Para este ano, o IDC agora prevê variação negativa, mas não detalhou o porcentual.

Abril e maio são meses historicamente positivos para o mercado de smartphones devido à proximidade de datas como Dia das Mães e Dia dos Namorados. No entanto, segundo a IDC, a alta do dólar gerou repasses de preços ao consumidor e os aparelhos intermediários ficaram de R$ 30 a R$ 60 mais caros, enquanto os tops de linha tiveram aumento de R$ 100 a R$ 200.

Publicidade

Estoques

A consultoria citou também a redução do poder de consumo e de confiança do consumidor do brasileiro para o desempenho do mercado de smartphones no período.

Ainda de acordo com o estudo, os canais de varejo e de distribuição estão com estoque de produtos lotados. “É algo nunca visto no mercado de smartphones”, disse o analista de pesquisas da IDC Brasil, Leonardo Munin.

Segundo a consultoria, as operadoras estão reduzindo o volume de compras de aparelhos e a maioria das fabricantes está reajustando os negócios e as projeções de venda frente a essa nova realidade do mercado brasileiro.