A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis ainda não surtiu efeito nas vendas de abril do setor de veículos e motos, partes e peças, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É válido lembrar que a redução foi feita em maio, e o IBGE divulgou nesta quinta-feira os dados referentes ao mês de abril.

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No entanto, houve melhora nas vendas em relação a março, que pode ter sido puxada pela campanha das montadoras e concessionárias de vendas a juro zero. Em abril, o volume de vendas de veículos e motos subiu 0,2% em relação a março, quando tinha recuado 1,4%.

"Os veículos ainda não captam a redução de IPI. Mas o governo vem baixando juros, então os financiamentos ficam mais baratos, e há muita propaganda de venda para redução de estoques", contou Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. "A propaganda de juro zero veio mesmo antes da redução de IPI, porque os estoques estão altos. Para reduzir (os estoques), houve incentivos na venda."

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Pereira observou ainda que o aumento nas vendas de veículos se deu após três meses consecutivos de queda, o que pode ter proporcionado uma base de comparação mais baixa. Em março, o recuo foi de 1,4%; em fevereiro, de -2,2%; em janeiro, de -3,3%.

"Foram três resultados negativos seguidos, então você tem uma compensação ali", disse o gerente do IBGE. "O que se comenta é que mesmo com a redução de IPI você não vai conseguir mesmo resultado que na crise de 2008, por causa do endividamento maior das famílias. Mas a gente tem de aguardar ainda para saber se vai funcionar", ponderou.

Na comparação com abril de 2011, as vendas de veículos e motos caíram 4,4% em abril deste ano, o que resultou numa contribuição negativa de 52,3% para a taxa de 2,9% do varejo ampliado no período.