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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

As vendas do comércio abriram 2016 em baixa de 1,5%, em relação a dezembro, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. O resultado é o pior para o mês desde 2005 (-1,9%). Frente a janeiro do ano passado, o volume de vendas caiu 10,3%. Foi a décima vez seguida em que houve variação negativa nessa comparação e a mais intensa desde março de 2003 (-11,4%). Em 12 meses, o volume de vendas acumula queda de 5,2% — a perda mais forte da série histórica, iniciada em 2001, mantendo a trajetória de baixa que começou em julho de 2014 (4,3%).

No Paraná, o recuo foi mais acentuado, de 13,1% na comparação com janeiro de 2015. O ritmo de queda é bem mais forte do que a retração acumulada em 12 meses, de 4,6%. No varejo ampliado, a queda foi de 17,3%, em relação ao mesmo mês de 2015.

Já a receita das vendas do comércio ficou no campo positivo em todas as comparações. De dezembro para janeiro ficou estável em 0,1%; frente ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 1%; enquanto no acumulado em 12 meses, o crescimento foi de 2,8%.

O varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, encolheu 1,6% no volume de vendas na passagem de dezembro para janeiro. A receita nominal caiu 0,7%. Frente ao mesmo mês do ano, as vendas caíram 13,3%, enquanto a receita cresceu 4,7%. No acumulado dos últimos doze meses, as perdas foram de -9,3% e -2,3%, respectivamente.

Em 2015, após 11 anos de crescimento ininterrupto, as vendas do varejo fecharam com uma queda de 4,3% — pior da série iniciada em 2001 e o primeiro recuo desde 2003, quando o volume de vendas encolheu 3,7%. No acumulado em 12 meses, a taxa foi a pior desde novembro de 2003 (-4,6%).

Na passagem de dezembro para janeiro, o IBGE registrou queda em seis de oito atividades. Os principais destaques negativos vieram de móveis e eletrodomésticos (4,3%), que caiu pela segunda vez seguida, acumulando perda de 12,3%; e de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem o maior peso no varejo e recuou 0,9%, pelo terceiro mês seguido.

O segmento de combustíveis e lubrificantes caiu 3,1%, enquanto outros artigos de uso pessoal e doméstico perdeu 1,8%; tecidos, vestuário e calçados, 0,5%; e livros, jornais, revistas e papelarias 0,1%.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos ficou praticamente estável (0,1%). Já o setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve forte alta de 1,6%

No varejo ampliado, a baixa de 1,6% foi puxado principalmente por material de construção, (-6,6%), que em dezembro crescera 3,2%, seguido por veículos e motos, partes e peças (-0,4%).

Frente a janeiro de 2015, o recuo de 10,3% no volume de vendas foi o mais intenso desde março de 2003, quando caiu 11,4%. E as oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas e boa parte de dois dígitos: móveis e eletrodomésticos (-24,3%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,8%); combustíveis e lubrificantes (-14,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,5%); tecidos, vestuário e calçados (-13,8%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-24%); livros, jornais, revistas e papelaria (-13,3%). Só artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,2%.

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