Apesar do menor crescimento da economia, da moderação do consumo das famílias, dos juros mais altos e do crédito escasso, o comércio fechou 2013 com crescimento de 4,3%. O resultado, porém, mostra uma desaceleração frente aos 8,4% de expansão em 2012 e é o menor ritmo desde 2003, quando havia tido uma queda de 3,7%, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (13).
Em dezembro, as vendas do varejo, em volume, caíram 0,2% em relação a novembro naquele mês, o setor havia registrado expansão de 0,6% na comparação com outubro. Já em relação a dezembro de 2012, a alta foi de 4%.
O setor destoa do comportamento de outros ramos da economia, como a indústria, cuja expansão foi de apenas 1,2% em 2012. Seu desempenho foi impulsionado, segundo analistas, pelo mercado de trabalho ainda aquecido, com baixa taxa de desemprego, e renda em alta embora, já mostre sinais de desaceleração especialmente no final de 2013.
O resultado de 2013 ficou próximo ao esperado pelo mercado uma taxa em torno de 4,5%. A freada frente a 2012 se deve a famílias em patamar elevado de endividamento, à inflação mais alta -sobretudo de alimentos, que inibiu o setor de supermercados principalmente.
O crédito mais seletivo e restrito, além da taxas mais altas de financiamento, também contribuiu para segurar o desempenho do setor.