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COMÉRCIO EXTERIOR

Vendas do PR reagem e já sobem 4%

Presença de Caterpillar fez exportações de máquinas como retroescavadeiras quadruplicar de 2012 para 2013 | Divulgação/ Caterpillar
Presença de Caterpillar fez exportações de máquinas como retroescavadeiras quadruplicar de 2012 para 2013 (Foto: Divulgação/ Caterpillar)

As exportações do Paraná viraram o jogo. Depois de encerrar o primeiro semestre com queda de 3%, as vendas ao exterior reagiram e agora exibem, no acumulado dos nove primeiros meses do ano, um crescimento de 4% sobre o mesmo período de 2012.

Segundo dados do Minis­tério do Desen­volvimento (MDIC), as empresas do estado exportaram US$ 13,9 bilhões de janeiro a setembro, o melhor resultado da história para esse período. Considerando-se apenas o terceiro trimestre, as vendas somaram US$ 5,3 bilhões, quase 20% mais que no ano passado.

Um dos principais impulsos para a virada veio das exportações de soja em grão, principal produto da pauta paranaense, que no primeiro semestre haviam recuado cerca de 10%. Nos meses seguintes, o escoamento da safra recorde finalmente deslanchou e, ao fim de setembro, as receitas de exportação da oleaginosa acumulavam alta de 14%, segundo o MDIC.

Reversão

Outros dois importantes grupos de produtos reverteram, de meados do ano para cá, o mau resultado do primeiro semestre. A categoria de veículos e autopeças, que até então registrava queda de 16%, agora mostra estabilidade no acumulado do ano. A exportação de papel, por sua vez, passou de uma baixa de 0,5% para um aumento de 2%.

O crescimento das exportações totais do Paraná, portanto, está mais distribuído. Até junho, seis dos dez principais grupos de produtos exportados tinham vendas em alta e quatro, em queda. Agora, são oito grupos em expansão, um estável e apenas um – gorduras e óleos, encabeçado pelo óleo de soja – em baixa.

Câmbio favorável

Antigo motivo de reclamações, o câmbio ficou bem mais favorável para os exportadores. A cotação média do dólar comercial no terceiro trimestre foi de R$ 2,29 por dólar, segundo o Banco Central, bem acima dos R$ 2,03 dos seis primeiros meses do ano.

O avanço da moeda norte-americana é um estímulo para o exportador fechar novos contratos de venda, mas em geral esse efeito demora a aparecer nas estatísticas de comércio exterior. Além disso, o fato de a moeda norte-americana ter oscilado muito nos últimos meses – depois da forte alta de maio, as cotações passaram a cair em setembro – também pode ter inibido vendedores e compradores a fechar negócio.

De todo modo, a valorização cambial deste ano certamente já se refletiu em receitas mais altas para os embarques já realizados – afinal, o exportador passou a ganhar mais reais ao trocar os dólares recebidos como pagamento.

De janeiro a setembro de 2012, a taxa média de câmbio foi de R$ 1,92. No mesmo intervalo deste ano, oscilou em torno de R$ 2,12, segundo o BC. Com isso, o crescimento de 4% nas receitas de exportação do estado deste ano correspondeu, em moeda brasileira, a um avanço bem mais forte, da ordem de 15%.

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