As vendas do comércio varejista brasileiro voltaram a crescer em maio. A alta, de 0,8% na comparação com abril, quebra uma sequência de dois meses de queda nas vendas do setor. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a receita nominal do setor também cresceu 0,8% na mesma comparação.
Na comparação entre meses de maio, as vendas do varejo cresceram 4,0%, enquanto a receita registrou alta de 8,9%. Nos cinco primeiros meses do ano, a alta acumulada nas vendas foi de 4,4% - já a receita cresceu 10,3%. Nos últimos 12 meses, as altas acumuladas foram de 6,5% e 12,7%.
O chamado comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos e materiais de construção, teve crescimento maior: na passagem de abril para maio, as vendas tiveram alta de 3,7%, enquanto a receita cresceu 4,4%, em razão da expansão das vendas de veículos (8,0%) e de material de construção (5,7%). Setores
Entre os setores pesquisados pelo IBGE, o setor de hipermercados e supermercados teve o maior impacto positivo no resultado do mês frente a maio do ano passado, com crescimento de 6,7%.
"Este desempenho foi motivado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do aumento da massa de rendimento real habitual dos ocupados (3,4% sobre maio de 2008, segundo a PME) e pelo comportamento dos preços do setor, que evoluíram, nos últimos 12 meses, em 4,6% no Grupo Alimentação no Domicílio, abaixo da inflação global mediada pelo IPCA (5,2%)", explica o Instituto em nota.
Em seguida, aparecem outros artigos de uso pessoal e doméstico, com expansão de 11,0%. Segundo o IBGE, o desempenho do grupo está relacionado à evolução da massa salarial e às vendas relacionadas ao dia das mães. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com alta de 10,0%, exerceram a terceira maior contribuição à taxa geral do varejo.
Apenas três setores tiveram retração na comparação entre meses de maio, contribuindo negativamente para a expansão do varejo nacional: tecidos, vestuário e calçados tiveram queda de 2,3%; móveis e eletrodomésticos tiveram retração de 6,3%. Enquanto as vendas de material de construção ficaram 8,2% menores.