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Mundial 2014

Vendas em bares de Curitiba sobem 30% durante a Copa do Mundo

Bar do Alemão, no Largo da Ordem, tinha movimento intenso em dias de jogos da Alemanha - seleção campeã do Mundial | Daniel Castellano/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Bar do Alemão, no Largo da Ordem, tinha movimento intenso em dias de jogos da Alemanha - seleção campeã do Mundial (Foto: Daniel Castellano/ Agência de Notícias Gazeta do Povo)

O faturamento de bares de Curitiba cresceu, em média, 30% durante o período da Copa do Mundo, apontou nesta terça-feira (15) um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Paraná (Abrasel-PR). Segundo o órgão, o índice indica o aumento médio para estabelecimentos fora da zona central da capital, uma vez que em bares localizados no Centro, Largo da Ordem e Batel o aumento nas vendas chegou a alcançar 200%.

Conforme o Instituto Municipal de Turismo (IMT), o Mundial trouxe para a capital paranaense cerca de 215 mil turistas. Destes, quase 96 mil foram estrangeiros, vindos de 73 países diferentes.

Para a Abrasel-PR, a chegada destes turistas propiciou um resultado especialmente positivo aos bares de Curitiba porque o evento atraiu um público específico para este tipo de estabelecimento: homens de aproximadamente 30 anos de idade. "Ou seja, um público que busca cerveja e muita diversão, perfeito para bares e casas noturnas", explicou Marcelo Woellner Pereira, presidente da Associação.

Prejuízos

Na contramão, os restaurantes e redes de fast food não devem ter uma boa lembrança da Copa do Mundo. Nestes locais, as vendas no período caíram em torno de 15%, apontou o levantamento.

Prejuízo ainda mais alto que este foi constatado no Ernesto Ristorante, no bairro Mercês. De acordo com o chef Dudu Sperandio, o movimento no estabelecimento caiu 30% em relação ao normal. E para o chef, a culpa foi da Copa. "Este foi o quarto mês de julho do restaurante. Fazendo um comparativo, foi o julho mais fraco dos quatro que já tivemos. Para ser bem sincero não estava esperando que aumentasse muito o movimento, mas achei que a ideia era pelo menos manter o que já tínhamos. E a queda foi por causa da Copa, não tem como contestar. A galera ficou vendo futebol em casa ou ia para bares", argumentou Sperandio.

Para evitar uma diminuição das vendas durante a Copa do Mundo, o dono do restaurante de culinária espanhola Pata Negra, Carlos Lobo Aichinger, vinha investindo há meses na divulgação e na melhoria interna do restaurante. Segundo ele, o planejamento, que começou em abril, rendeu a troca do mobiliário, a instalação de dois telões para a transmissão das partidas, a contratação de uma funcionária com domínio de inglês e italiano e um trabalho até 100% maior em dias de jogos em Curitiba e durante as partidas em que a seleção brasileira estava em campo. "Foi um investimento que valeu a pena, até porque tivemos muitos turistas estrangeiros", comentou Aichinger.

De acordo com a Abrasel-PR, o faturamento nacional chegou perto dos R$ 11 bilhões durante a Copa do Mundo, o que significa um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. No Paraná, as vendas em bares e restaurantes chegaram a superar em 7% os índices registrados em 2013.

Baseada em dados do Ministério do Turismo, a associação informou ainda que os bares e restaurantes curitibanos foram os que mais contrataram funcionários durante a Copa do Mundo: 911 no total. Na segunda posição aparece a cidade de Belo Horizonte, com 415 contratações.

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