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Vendas industriais vão crescer pouco em 2014, diz Fiep

O segmento do vestuário foi o que mais cresceu em 2013, com aumento de quase 29% nas receitas | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
O segmento do vestuário foi o que mais cresceu em 2013, com aumento de quase 29% nas receitas (Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo)

O faturamento da indústria do Paraná cresceu 1% em 2013, o avanço mais fraco em quatro anos. O resultado confirmou as expectativas da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que por enquanto não espera resultado muito melhor neste ano. "Para 2014, se prevê repetição do resultado havido em 2013, ou seja, crescimento abaixo do potencial", informou a federação em relatório divulgado ontem.

"Sem Copa e eleições, teríamos algo ao redor de 2% de crescimento. Esses dois eventos podem jogar o resultado tanto para cima quanto para baixo", avalia Roberto Zürcher, economista da Fiep. "Em anos de eleição, costuma haver uma fluidez maior de recursos vindos do governo. Mas a preocupação com a inflação, que pode resultar em juros maiores, e a questão fiscal podem fazer com que esse efeito seja menor neste ano."

Para Zürcher, a confirmação de uma safra recorde – ainda sujeita ao levantamento dos efeitos da seca sobre as lavouras – e a liberação dos empréstimos pleiteados pelo governo estadual podem dar fôlego extra à economia do estado e, por consequência, à indústria local.

Obstáculos

Segundo o relatório da Fiep, o baixo crescimento de 2013 se deve a um conjunto de fatores – que, por sinal, persistem neste ano. Entre eles estão o aumento da carga de impostos, "desta vez com o uso abusivo da substituição tributária"; os reajustes salariais acima da expansão da produtividade; e o encarecimento das matérias-primas.

Das 18 atividades industriais monitoradas pela Fiep, dez conseguiram vender mais no ano passado e oito se retraíram. As altas mais fortes foram as dos ramos de vestuário e acessórios, com crescimento de 28,5% sobre 2012; couros e calçados (25,6%); e metalurgia básica (15,4%). As maiores quedas de faturamento ocorreram nos segmentos de material eletrônico e de comunicações (-24,7%); veículos (-6%); e combustíveis (-2,6%).

Um dos destaques do ano, segundo Zürcher, foi o segmento de máquinas e equipamentos, que abrange produtos como tratores, colheitadeiras, balcões refrigerados e máquinas industriais. O faturamento do ramo cresceu 8,8%. "Esse avanço significa que estamos investimento em mais produção ou em uma produção de mais qualidade, com mais tecnologia e produtividade", diz.

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