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Fim de ano

Vendas no comércio cresceram 5,6% na semana do Natal

O Indicador Serasa do Nível de Atividade do Comércio revela alta de 5,6% nas vendas na semana de 18 a 24 de dezembro de 2006, em comparação ao período de 19 a 25 de dezembro de 2005 em todo o país. Na cidade de São Paulo, o crescimento das vendas do comércio no mesmo período foi ainda maior, de 7,9%.

Analisando só o fim de semana do Natal, de 22 a 24 de dezembro, as vendas cresceram 9% em todo o país se comparadas ao período de 23 a 25 de dezembro de 2005. Em São Paulo, o aumento foi de 11,7% no período.

Segundo os técnicos da Serasa, as compras de última hora, as promoções e as facilidades de crédito mantiveram o crescimento das vendas do comércio durante a semana do Natal, ainda que num ritmo ligeiramente inferior ao verificado na semana anterior, quando as vendas em todo o Brasil cresceram 6,4% em comparação a igual período de 2005.

A Serasa considera bom o movimento registrado, já que houve crescimento em relação ao ano passado, que foi uma base forte (em 2005 registrou-se crescimento de 6% das vendas na semana do Natal).

O feriado de Natal, na segunda-feira, favoreceu as viagens e, portanto, as compras antecipadas, quando analisado o desempenho do comércio no território nacional. Porém, na cidade de São Paulo, ocorreu o oposto: predominaram as compras de última hora, o que impulsionou as vendas do comércio na semana do Natal.

O resultado foi o aumento de 7,9% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, superando o ritmo de crescimento verificado na semana que antecedeu o Natal (alta de 7,1%).

Para a Serasa, o consumidor chegou ao Natal de 2006 em melhores condições que as verificadas na mesma data do ano passado.

Os fatores que contribuíram para os aumentos observados foram o crescimento do emprego formal, a recuperação da renda, a queda dos juros e da inflação, que aumentou o poder aquisitivo das classes mais baixas, o reajuste real do salário mínimo, a inadimplência sob controle e a maior oferta de crédito.

SÃO PAULO - As vendas físicas no comércio da capital paulista cresceram menos que o esperado no Natal, período em que predominou a venda de produtos importados de menor valor. Apesar da performance, a Associação Comercial de São Paulo prevê que o setor deva fechar o ano com expansão ligeiramente superior à de 2005.

As vendas em dezembro, até o dia 24, subiram 5,7% sobre igual período do ano passado, informou a associação nesta terça-feira. A expectativa era de uma evolução nas vendas de 7% a 8% no período.

— Ficou abaixo do que a gente esperava no início do ano...Teve um volume maior de vendas, por isso cresceu, mas o valor caiu — disse Guilherme Afif Domingos, presidente da entidade.

— Houve uma invasão de produtos importados com valores dramaticamente menores e há uma queixa dos comerciantes sobre suas margens de lucro — observou.

Embora se queixe da venda de produtos importados com preços mais baixos, a Associação não possui dados sobre o faturamento dos lojistas durante as compras para o Natal. A pesquisa da associação apura apenas o volume de vendas físicas.

O prognóstico da entidade para o crescimento das vendas neste mês é de 5% sobre o mesmo intervalo do ano passado, quando houve expansão de 5,4%.

Para 2006, a entidade espera que as vendas subam 4,7%, acima da taxa de 4,4% apurada no ano passado. Apesar da leve aceleração, Afif disse que o setor tem potencial para crescer mais e considerou fraco o avanço.

Previsão

Para 2007, a previsão de Afif é de "crescimento ainda fraco das vendas no comércio'', já que o setor tende a acompanhar o ritmo de expansão da economia, refletido sobre a renda do consumidor.

— O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) abaixo de 3%, previsto para este ano, representa um crescimento medíocre da renda per capita... a renda está sendo achatada — acrescentou.

Além da fraca expansão econômica, Afif citou a carga tributária alta como fator para reduzir a renda, ressaltando que o impostômetro - painel no centro de São Paulo que mede os impostos pagos pelos brasileiros desde o início deste ano - atingiu nesta manhã a cifra de R$ 800 bilhões.

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