As vendas no varejo brasileiro caíram 0,1% em março ante fevereiro, um pouco melhor que o esperado mas ainda afetadas pelo setor de supermercados, fechando o primeiro trimestre com queda de 0,2% sobre o período imediatamente anterior.
Trata-se da primeira contração trimestral na margem desde o quarto trimestre de 2008 (-0,5%), mostrando que a economia ainda se arrastou no início deste ano e pode levar a estimativas menores de expansão da atividade para este ano.
Na comparação com março de 2012, as vendas subiram 4,5%, informou o IBGE. "Cada vez mais o consumo vai perder participação, vai deixar de ser o 'driver' do PIB. E vamos ter de contar mais com a retomada do investimento", disse a economista do BNY Mellon ARX Camila Monteiro.
O setor de hipermercados, supermercados e produtos alimentícios registrou queda mensal de 2,1% em março, pior que a contração de 1,4% vista em fevereiro, quando a resistente pressão sobre a inflação afetou o consumo. O alto nível da inflação ao consumidor, sobretudo nos preços de alimentos, deve ter continuado a ter impacto negativo nas vendas ao varejo, afirmou o economista do IBGE Reinaldo Pereira.
No Paraná, o volume de vendas cresceu acima da média nacional, 5,5% na comparação com março de 2012, apoiado nos artigos de uso doméstico e pessoal (17,3%), hipermercados e supermercados (8,7%) e artigos médicos e cosméticos (7,1%).