Venda de veículos em março foi a pior em 6 anos, mostra IBGE
O mês de março de 2014 marcou uma forte queda de 16% nas vendas de veículos, na comparação com o mesmo mês do ano passado
Explicação: calendário reduziu vendas em março, diz IBGE
As quedas nas vendas do comércio varejista no País foram causadas, principalmente, pelo impacto nas vendas de produtos alimentícios em supermercados e hipermercados. Segundo o IBGE, o segmento teve queda de 2,8% no volume de vendas em março de 2014, na comparação com o ano anterior.
Segundo o instituto, o principal fator para a queda são os impactos do calendário no período. No ano passado, carnaval e Páscoa caíram em fevereiro e março, respectivamente. Esse ano, entretanto, o carnaval aconteceu em março, com menos dias úteis.
O segmento de alimentos e hipermercados, segundo o instituto, não foi tão afetado por aspectos econômicos, como inflação e renda dos consumidores. A inflação de alimentação em domicílio, em 2014, ficou em 5,6%, abaixo da inflação geral. "Considerando que essas outras variáveis, inflação e renda, não tiveram impacto tão negativo, só podemos atribuir esse resultado ao calendário", explicou Aleciana Gusmão, coordenadora da pesquisa.
Segundo ela, a questão econômica pesou sobre outros produtos, como tecidos, vestuários e calçados. O ritmo da economia no País pesou ainda sobre a queda de 7,3% no segmento na comparação anual. O segmento foi o segundo maior impacto negativo na formação da taxa global de vendas.
m março sobre fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 15. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 1,60% a uma alta de 0,70%, com mediana estável.
Na comparação com março do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo recuaram 1,1% em março deste ano. Nesse confronto, as projeções variaram no intervalo de queda de 3,3% e alta de 2%, com mediana de 0,5%. Até março, as vendas do varejo restrito acumulam altas de 4,5% no ano e de 4,5% nos últimos 12 meses.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 1,2% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 2,5% a alta de 0,2%, com mediana negativa de 0,7%.
Na comparação com março do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 5,7% em março deste ano. Nesse confronto, as projeções indicavam queda entre 3% e 6,7%, com mediana negativa de 4,7%. Até março, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam altas de 2,1% no ano e de 3,2% nos últimos 12 meses.
O índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista restrito ficou estável no trimestre encerrado em março. No varejo ampliado, o índice de média móvel trimestral das vendas caiu 0,3% no período.
Trimestre
No primeiro trimestre do ano, as vendas no comércio varejista restrito subiram 0,4% em relação ao último trimestre de 2013, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas de 19 instituições ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam alta entre 0,30% e 0,90%, com mediana de 0,60%.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,5% nos primeiros três meses deste ano. Nesse confronto, as projeções de 19 casas variavam entre altas de 4,30% e 5,00%, com mediana de 4 70%.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,2% em no primeiro trimestre de 2014 em relação ao último trimestre de 2013, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas de 14 casas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 2,00% a alta de 2,70% com mediana positiva de 0,20%.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 2,1% nos três primeiros meses deste ano. Nesse confronto, as projeções de 14 instituições variavam entre recuo de 1,70% e crescimento de 3 90%, com mediana de 2,45%.
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