| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

As vendas no varejo brasileiro fecharam maio em baixa frente a abril, com resultado negativo 0,9% em volume, informou o IBGE nesta terça-feira (14), ao divulgar a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Foi o quarto mês seguido de queda e o pior resultado para maio desde 2001, quando a taxa também ficou negativa em 0,9%. No ano, as vendas do comércio varejista registram queda de 2%. E em 12 meses, de 0,5%.

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Frente a maio de 2014, o recuo é ainda mais significativo de 4,5%. O resultado é o pior desde maio de 2003, quando a comparação com o mesmo mês do ano anterior mostrou recuo de 6,2%. Além disso, na análise ano a ano de todos os meses, o dado é pior desde agosto de 2003, quando o volume de vendas caiu 5,7%.

Já a receita subiu 1,9% em maio em relação ao mês anterior. No ano, há uma expansão de 4,1%. Em 12 meses, a alta é de 5,7%.

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Varejo ampliado

O Comércio Varejista Ampliado, que inclui as veículos, motos, partes e peças, além de material de construção, caiu pela sexta vez consecutiva frente ao mês imediatamente anterior (-1,8%). O resultado é o pior para maio desde o início da série histórica, em 2003, quando o recuo foi de 1%. A receita nominal, por sua vez, encolheu 0,9% em igual comparação.

Frente a maio de 2014, o volume de vendas do varejo ampliado caiu 10,4% — a 12ª taxa negativa seguida. Em fevereiro de 2015, o setor registrou exatamente o mesmo desempenho negativo de 10,4%. Já a receita perdeu 4,2% na comparação com maio do ano passado. No ano, o varejo ampliado perdeu 7% em vendas e 1,1% em receita. De janeiro a maio, a receita encolheu 1,1%, enquanto, em 12 meses, registra leve alta de 0,8%.

No vermelho

Sete das dez atividades analisadas pelo IBGE na PMC registraram resultados negativos no volume de vendas em maio frente a abril, com ajuste sazonal: combustíveis e lubrificantes (-0,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1% ); móveis e eletrodomésticos (-2,1%); material de construção (-3,8%); e veículos e motos, partes e peças (-4,6%).

Tiveram resultados positivos equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,5%); tecidos, vestuário e calçados (2,7%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,7%).

Frente a maio de 2014, na série sem ajuste, o volume de vendas de cinco das oito atividades caiu. Os setores que mais contribuíram para a taxa como um todo foram móveis e eletrodomésticos (-18,5%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,1%); tecidos, vestuário e calçados (-7,7%); combustíveis e lubrificantes (-4,2%); e livros, jornais, revistas e papelaria (-11,8%). Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%) praticamente não influenciaram o resultado. A única atividade com impacto positivo no resultado do varejo foi artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,8%).

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