As vendas no varejo brasileiro recuaram 0,9% em março sobre fevereiro, segundo mês seguido de perdas e com resultado pior do que o esperado, encerrando o primeiro trimestre com o resultado mais fraco em 12 anos, num sinal do peso que a fraqueza econômica vem tendo sobre o setor.
O varejo fechou o período de janeiro a março com recuo acumulado no volume de vendas de 0,8% na comparação anual, leitura mais fraca desde o terceiro trimestre de 2003 (queda de 4,4%) e o pior resultado para um primeiro trimestre também desde o mesmo ano (queda de 6,1%).
Na comparação com março de 2014, as vendas varejistas avançaram 0,4%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (14). Para destacar ainda mais a debilidade do varejo neste ano, o IBGE revisou para uma queda de 0,4% as vendas de fevereiro sobre janeiro, contra recuo de 0,1% divulgado antes.
O IBGE informou que cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito registraram queda mensal no volume de vendas em março, com destaque para móveis e eletrodomésticos (-3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%).
No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, o volume de vendas caiu 1,6% em março sobre fevereiro, pressionado principalmente pelo recuo de 4,6% em veículos e motos, partes e peças.