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Comércio

Vendas no varejo caem pelo segundo mês consecutivo

VENDAS DO VAREJO CAEM PELO SEGUNDO MÊS CONSECUTIVORSSAs vendas do comércio varejista caíram pelo segundo mês consecutivo, segundo pesquisa do IBGE divulgada nesta terça-feira (19). Entre junho e julho, houve um recuo de 0,45%. Apesar do resultado negativo, o comércio ainda registra resultado positivo no ano, com crescimento de 5,18%. Na comparação com julho do ano passado, houve crescimento de 2,3%.

Na comparação mês a mês, praticamente todos os setores tiveram retração: supermercados, alimentos, bebidas, móveis, eletrodomésticos e vestuário. A exceção foi o varejo ligado ao setor automotivo, que cresceu 8,23%.

Em relação ao julho do ano passado, o crescimento foi geral, com exceção do segmento de combustíveis (queda de 10,2%, o 19º mês consecutivo de recuo) e tecidos, calçados e vestuário (-5,1%). Os destaques positivos foram as vendas de equipamentos para escritório, informática e comunicação (+27%) e o varejo automotivo (+15,7%).

Os maiores pesos, no entanto, ficaram com os setores de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,97%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico registrou (11,50%), que reúne lojas de departamento, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc. Segundo o IBGE, o resultado se deve à melhoria do rendimento médio do trabalho em relação ao ano passado e ao aumento do crédito.

Em termos de receita, houve queda de 0,03% na comparação mês a mês (a segunda seguida) e alta na comparação com julho do ano passado, de 3,35%. O resultado acumulado no ano é uma alta de 6,9%.

Abaixo do previsto"Os números são decepcionantes e vêm num momento em que o mercado já está em dúvida em relação ao ritmo da economia neste ano. Isso pode gerar mais uma rodada de revisões para baixo na previsão de crescimento do PIB", diz o economista-chefe da Fator Corretora, Vladimir Caramaschi. O mercado financeiro estima que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 3,11% em 2006.

Para o comércio varejista, a previsão da Fator era de um alta de 4% na comparação anual e de 1% no mês contra mês. A consultoria Tendências e o Bradesco também projetavam crescimento, assim como a maior parte do mercado.

O resultado negativo no desempenho do comércio vem se juntar a uma série de dados que mostram desaceleração da economia e inflação sob controle. Esse cenário reforça a aposta de novos cortes na taxa de juros. A expectativa do mercado é de uma queda dos atuais 14,25% ao ano para 13,75% até o fim de 2006.

"O lado positivo para o mercado é que pode reforçar a expectativa de um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic para a próxima reunião do Copom", diz o economista-chefe da Fator Corretora. Segundo ele, o mercado hoje está dividido entre essa hipótese e um corte menor, de 0,25 p.p..

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