Abaladas pela menor confiança de consumidores diante de uma inflação maior, esfriamento da renda e do emprego, as vendas do comércio varejista registraram expansão de apenas 1% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2013 -- abaixo da taxa de outubro, de 2,2%.
Com esse resultado, o setor acumulou uma expansão de 2,6% em 12 meses e 2,4% no ano. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (14).
Mantido esse ritmo, o comércio caminha para fechar o ano de 2014 com o mais fraco desempenho desde 2003. Em 2013, as vendas avançaram 4,3%. Apesar disso, os desempenhos mensal e anual superaram as expectativas de analistas consultados pela Bloomberg.
Eles esperavam um crescimento nulo na comparação mensal e uma retração de 0,5% no acumulado em 12 meses. EXPANSÃO MENSAL De outubro para novembro, porém, o varejo manteve a tendência de expansão. Nessa base de comparação, a alta de 0,9% foi a terceira consecutiva.
Em relação a outubro, o aumento das vendas foi impulsionado pelos bons resultados de ramos como móveis e eletrodomésticos (5,4%), equipamentos de informática (4,9%) e vestuário (3,4%).
Já o ramo de supermercados e demais lojas de alimentos restringiu o desempenho do varejo, com queda de 0,8% na esteira da inflação em altas, especialmente de alimentos. O segmento é o de maior peso no varejo.
Em 2014, o comércio sentiu os efeitos do menor dinamismo da economia, do crédito mais caro e restrito, dos juros em alta (que encarecem os financiamentos), além do mercado de trabalho em desaceleração.
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