As vendas no varejo dos Estados Unidos subiram inesperadamente no mês passado, apesar das fortes nevascas e da queda nas compras de veículos após os recalls da Toyota, o que alimentou as expectativas de uma recuperação econômica sustentável.
Mas as preocupações sobre o elevado desemprego retraíram a confiança do consumidor no início deste mês, o que pode provocar redução dos gastos.
As vendas aumentaram 0,3 por cento, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira. O dado de janeiro, no entanto, foi revisto para baixo, de alta de 0,5 por cento divulgada inicialmente para crescimento de 0,1 por cento.
Analistas esperavam queda de 0,2 por cento das vendas em fevereiro. Ante igual mês do ano passado, as vendas subiram 3,9 por cento.
O índice de confiança do consumidor da Thomson Reuters/Universidade de Michigan caiu para 72,5 no início de março, ante 73,6 em fevereiro. A leitura ficou abaixo das expectativas, de manutenção em 73,6.
"É mais importante ver o que os consumidores fazem do que o que eles dizem. Certamente, há um tom um pouco diferente entre as vendas do varejo e os dados de confiança", disse Kevin Flanagan, estrategista-chefe de renda fixa do Morgan Stanley Smith Barney, em Nova York.
Outro relatório mostrou que os estoques empresariais ficaram estáveis em janeiro, após queda de 0,3 por cento em dezembro.
"Acho que é uma parte da melhora geral da economia que vai garantir que a gente continue no caminho do crescimento", afirmou David Resler, economista-chefe do Nomura Securities International, em Nova York.
O Federal Reserve reúne-se na terça-feira e a expectativa é de que mantenha o juro básico na faixa de zero a 0,25 por cento e também repita a promessa de manter a taxa em nível baixo por um "período prolongado".
Dados mais fortes, no entanto, podem incentivar uma discussão na reunião, depois que algumas autoridades levantaram preocupações sobre o impacto inflacionário de manter o juro baixo por muito tempo.
As compras de veículos e componentes caíram 2 por cento no mês passado, após queda de 1,5 por cento em janeiro, provavelmente refletindo a redução da demanda por consumidores preocupados com os recalls da Toyota.
Excluindo veículos, as vendas no varejo subiram 0,8 por cento, acima do esperado, depois de alta de 0,5 por cento no mês anterior. Economistas esperavam aumento de 0,1 por cento.
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