Os comerciantes curitibanos estão pessimistas em relação ao Dia dos Pais, que ocorre no próximo domingo, dia 9. Pesquisa divulgada nesta terça-feira (4) pela Associação Comercial do Paraná (ACP) e Datacenso mostra que a previsão é de retração de 6% nas vendas para a data comemorativa, em relação ao ano passado – considerando a correção da inflação no período, de 8,89%, a expectativa é de uma queda de 14%.
Recuperação este ano está descartada, diz entidade
Uma recuperação nas vendas do comércio ainda este ano já não passa mais pela cabeça dos empresários, que cada vez mais ajustam suas previsões de investimentos e contratações de acordo com a perspectiva desfavorável para os próximos meses. Em julho, as expectativas dos empresários ficaram 8,5% menores do que em igual mês do ano passado, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A inflação elevada, o crédito caro e escasso e a baixa confiança das famílias permitiu que o pessimismo se disseminasse no setor varejista. Nos cinco primeiros meses do ano, as vendas no segmento restrito (sem veículos e materiais de construção) recuaram 2,0% em relação a igual período de 2014.
A entidade prevê queda de 1,1% nas vendas do varejo restrito este ano, o pior resultado desde 2003.
O Dia dos Pais de 2014 já havia sido nada animador: foi o pior ano em vendas para a data desde 2010. Para 42% dos 200 empresários ouvidos na pesquisa, a retração no comércio é resultado, principalmente, da crise econômica enfrentada pelo país, que desemboca na queda do consumo devido ao alto grau de endividamento dos consumidores e queda do poder aquisitivo.
Conforme o levantamento, que também ouviu 200 consumidores, o valor médio de gastos por pessoa para a data será de R$ 110, quantia 4% menor do que no ano passado. O principal meio de pagamento, citado por 42% dos entrevistados, deve ser o cartão de crédito, para parcelar as compras.
Do total de consumidores ouvidos, 73% revelaram que comprarão presentes e apenas 27% optarão por não presentear na data. Os produtos mais visados são roupas (41%), perfumes (22%) e calçados (7%).
Promoções
Para driblar a queda nas vendas, 58% dos comerciantes ouvidos estão preparando promoções para atrair o público e tentar incrementar a receita do mês. Descontos para pagamento à vista serão a opção de 26%, distribuição de brindes/sorteio de prêmios de 11%, promoção do tipo pague 1 e leve 2 será a opção de 7%, enquanto 5% estão confiando na campanha nacional de publicidade da marca.
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