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Fim de ano

Vendas sobem, mas decepcionam

Consumidores se aglomeram em frente à Salfer: mesmo com mercadorias esgotadas, clientes continuam em busca de ofertas |
Consumidores se aglomeram em frente à Salfer: mesmo com mercadorias esgotadas, clientes continuam em busca de ofertas (Foto: )

As vendas de Natal registraram aumento de 4,1% neste ano em todo o país, conforme pesquisa divulgada ontem pela empresa de informações comerciais Serasa Experian. O resultado considerou a semana do dia 18 até o dia 24, em comparação com o mesmo período do ano passado, e indica que as vendas ficaram abaixo do que os próprios comerciantes haviam previsto. Em levantamento divulgado no início do mês pela empresa, a maior parte dos mil varejistas entrevistados em todo país acreditava que o Natal deste ano seria semelhante ao de 2005, quando as vendas cresceram 6%. O resultado deste ano, entretanto, ficou abaixo dos crescimentos registrados em 2006 (5,6%) e 2007 (5,3%) e só superou o alcançado em 2008, fase de agravamento da crise financeira mundial em que foi registrado aumento de 2,8% nas vendas.

Considerando apenas o fim de semana que antecedeu a festa, do dia 18 ao dia 20, a variação chegou a 6,8%. Na interpretação da Serasa Experian, esse é um sinal de que o consumidor deixou as compras para os últimos dias.

Os resultados obtidos pelo comércio, conforme a avaliação do indicador, são consequência das promoções do varejo, aliadas às melhores condições do crédito, como juros menores e prazos mais longos, que conquistaram os consumidores. Estes encontraram condições mais favoráveis este ano. Com o fim da crise há mais empregos e eles estão menos inadimplentes e com renda maior. Além disso, há a possibilidade de ganhos futuros. "Destaca-se também o novo valor do salário mínimo, a ser pago a partir de janeiro, na sequência do 13º salário, que deu um fôlego extra às vendas parceladas do comércio", observa o relatório do Indicador Serasa Experian do Nível de Atividade do Comércio.

As melhores condições do crédito, o aumento da massa salarial e os incentivos do governo federal às vendas de alguns setores, como o de móveis, por exemplo, são as principais causas das boas vendas do período natalino, conforme avaliação do economista Alexandre Andrade, da Tendências Consultoria. Segundo ele, a confiança do consumidor demonstrada neste Natal deve continuar em 2010. "Agora no começo do ano teremos ofertas mais agressivas, o que deve manter a demanda", prevê. Conforme estimativa da Tendências, o aumento das vendas do comércio devem atingir 5,6% em 2009, na comparação com o ano passado. E em 2010 devem crescer 7% em relação a este ano. No índice parcial da consultoria, de janeiro a outubro deste ano as vendas do comércio já cresceram 5,1%. "Em 2010 os bens duráveis terão muita demanda, principalmente em função do crédito favorável ao consumidor. Também haverá grande estímulo aos eletroeletrônicos com a Copa do Mundo", estima Andrade.

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