Na cidade em que o sistema de transporte público é visto como modelo, o número de carros em circulação só aumenta. Curitiba reflete o momento do setor automotivo no Brasil e no Paraná. Dados da Fenabrave-PR (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores Regional Paraná) e do Sincodiv-PR (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Paraná) que representam mais de 700 concessionárias de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários mostram que as vendas de novembro alcançaram 30.114 unidades. Helmuth Altheim, presidente do Sincodiv e diretor-geral da Fenabrave, diz que somente o segmento de automóveis deve vender 21 mil unidades em dezembro, enquanto o setor como um todo deve alcançar entre 38 e 39 mil unidades, com crescimento também no setor de motos e caminhões. O ano deve fechar com 1% de aumento nas vendas sobre 2011, que totalizou 376.308 unidades no Paraná.
A compra do primeiro carro representou boa parte das vendas em 2012. Essa tendência continua?
Existe endividamento e comprometimento de renda da população, mas o desemprego está em baixa, os salários do nosso Estado são atrativos em relação a demais localidades. Há grande procura pelos financiamentos e facilidades oferecidas pelos bancos.
Algumas montadoras anunciaram recentemente a instalação de novas fábricas no país, mas o Paraná ficou fora dessa leva. Por quê?
A vinda de novos fábricas é excelente em todos os sentidos: traz geração de empregos e renda, contribui para a formação do PIB e da massa tributária, aumenta recolhimento previdenciários e traz tecnologia e desenvolvimento. Haverá aumento da cadeia produtiva de peças para o setor e vantagens logísticas, além de aumento da demanda habitacional das regiões onde as plantas serão instaladas, enriquecendo municípios e estados. O Paraná não participou dessa leva pela falta incentivos fiscais do governo estadual para instalação de novas fábricas.
A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) fez muita diferença, impulsionando o mercado de novos. Há previsão para depois que acabar o incentivo?
A redução do imposto foi determinante para o segmento como um todo. No caso dos automóveis e comerciais leves, o volume de vendas poderia ter sido cerca de 3% menor em 2012 sem a redução. Sobre as vendas pós-redução, espera-se que o setor cresça um pouco mais que o PIB em 2013, mas projeções oficiais ainda não foram feitas.
Como está a competitividade no setor com os diversos lançamentos das marcas ao longo de 2012?
Uma recente "vedete" foi a Hyundai com o lançamento do HB20. O modelo está com uma invejável lista de espera e deve alavancar, inclusive, a abertura de novas concessionárias. Agora, a Volks acaba de relançar o novo Fusca, que também poderá ser um belo competidor. Entretanto, praticamente todas as marcas tiveram lançamentos que primaram pela tecnologia e design, fatores que estão recebendo atenção redobrada pelo consumidor.
Como está o segmento de seminovos?
O departamento de seminovos das concessionárias já há alguns anos se tornou um setor tão profissional quanto o de novos. Todos os veículos que entram como parte de pagamento são avaliados e averiguados para revenda. O comprador do seminovo recebe a garantia sobre a qualidade do veículos. Sobre as vendas de usados, no Brasil o setor apresenta um crescimento de quase 4% na comparação de janeiro a outubro de 2011 com janeiro a outubro de 2012. No mesmo período, as vendas no Paraná caíram 2,90%.
O metrô em Curitiba afetaria o setor automotivo?
A instalação do metrô seria interessante para a mobilidade da cidade e não compete com a venda de veículos, já que o consumidor que deseja ter seu carro efetua a compra mesmo podendo usar o transporte público.
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Morar, hospedar
A sexta edição da Morar Mais por Menos, em uma casa no Alto da XV, termina hoje, mas um gostinho da mostra de decoração ficará no Crowne Plaza Curitiba até quinta-feira, dia 13. O conceito de ambientes acessíveis, sofisticados e sustentáveis chegou ao lobby do hotel-boutique em ambiente projetado pela arquiteta Ivana Malczewski, com móveis feitos a partir de troncos e raízes de árvores recicladas e vidro temperado de cristal, além de belas obras de arte.
Tabelinha comercial
Acaba de ser concretizada a parceria entre a construtora Embraed, de Santa Catarina, e a paranaense Apolar Imóveis. Durante evento com franqueados e corretores, terça-feira, foi lançada a campanha de vendas exclusiva para a Rede Apolar, que passa a comercializar os empreendimentos da Embraed nas mais de 80 franquias nos dois estados. Há 28 anos em Balneário Camboriú, a construtora é reconhecida pela qualidade em empreendimentos de alto padrão.
Tintim
A regional paranaense da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-PR) promove amanhã festa de encerramento do ano no bar Santa Marta. No evento, será lançada a terceira edição da Revista ArqViva.
Arigatô, Brasil
A Toyota do Brasil chegou à marca histórica de 100 mil veículos vendidos em um ano. No total, foram emplacadas 100.354 unidades, somando todos os modelos produzidos no Mercosul Corolla, Hilux, SW4 e Etios, e os importados RAV4 e Camry. O recém-lançado Etios teve participação importante, com mais de 4,3 mil carros comercializados. É a primeira vez que a montadora japonesa alcança esse volume de vendas desde que se instalou no Brasil, em 1958.
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