A Venezuela ficará fora da oferta de abertura comercial que o Mercosul apresentará à União Europeia. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a Venezuela não estará nas discussões, porque ainda cumpre etapas de adesão ao Mercosul, bloco que reúne também Argentina, Uruguai e Paraguai.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta quinta-feira 03, a oferta brasileira que fará parte das negociações de acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE). O documento será encaminhado aos demais países-membros do Mercosul para a consolidação de uma oferta comum. O MDIC lembra que o compromisso assumido entre representantes dos dois blocos, em janeiro último, é o de apresentar as ofertas até o último trimestre deste ano.
A Camex também fixou um prazo até 30 de novembro para que o grupo técnico de retaliação avalie eventuais medidas a serem tomadas, no âmbito do contencioso do algodão com os Estados Unidos. Washington interrompeu o pagamento que vinha sendo feito ao Instituto Brasileiro do Algodão desde 2010, como parte do acordo temporário com o Brasil para a suspensão da retaliação autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, disse que o Itamaraty enviará uma carta ao governo dos Estados Unidos demonstrando a indignação do Brasil com a suspensão do pagamento da compensação aos produtores nacionais de algodão. Segundo ele, o governo brasileiro acompanhará se os recursos estarão incluídos na proposta de orçamento americano que será votada. "Vamos aguardar a aprovação do Orçamento. Se não constar o valor do pagamento, vamos retaliar", disse. Os EUA devem repassar US$ 147 milhões por ano aos produtores brasileiros de algodão para compensar o subsídio dado aos produtores norte-americanos.