Uma rajada de vento derrubou um guincho e acabou com o naufrágio de uma balsa no Porto de Paranaguá, na madrugada deste sábado (22), por volta das 4h30 da manhã. Tanto a balsa quanto o equipamento instalado no local eram utilizados em uma reforma feita no terminal de contêineres. Nenhum funcionário estava no local na hora do acidente e também não havia nenhum navio nas proximidades. O porto não teve o funcionamento prejudicado.
As informações foram divulgadas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) no fim da tarde deste sábado. De acordo com o órgão, na hora em que ocorreu o naufrágio havia um vento de 80 quilômetros por hora. Ondas altas se formaram devido ao fenômeno e fizeram a embarcação utilizada para cravar estacas no fundo do mar perder a estabilidade.
Durante o dia, mergulhadores estiveram no local e averiguaram que não houve derramamento de óleo tanto no guincho quanto na balsa. A primeira possui um tanque de mil litros de óleo e o segundo de 200 litros. Ambos possuem dispositivos para evitar o vazamento em acidentes, mas uma operação especial precisará ser feita para que não haja risco de o combustível contaminar a água.
Um equipamento especial deve ser utilizado para tirar o guincho e a balsa do mar, mas apenas depois que os tanques estiverem vazios. A retirada do mar deve começar apenas a partir de segunda-feira (24), segundo a Appa.
Mudança de pressão causou rajada
O fenômeno foi registrado em alguns pontos do Paraná, na madrugada deste sábado (22), devido a uma mudança repentina nas condições meteorológicas. A meteorologista Ana Beatriz Porto, do Instituto Tecnológico Simepar, conta que todo o Leste tinha um sistema de baixa pressão em atuação, que causou as chuvas entre quarta (19) e sexta (21).
"Nesta madrugada tivemos o ingresso rápido de um ar mais seco e frio, o que aumentou muito a pressão. Esse fenômeno causa rajadas de ventos mais fortes de modo geral, mas em alguns pontos, [como ocorreu em Paranaguá] ocorrem rajadas de maior intensidade", diz.
O Simepar registrou, na região da Ecovia, ventos de 82 quilômetros por hora. Em Curitiba, o máximo constatado foi de 46 quilômetros por hora. Em Guaratuba, que fica no Litoral do Paraná, a medida do vento indicou para velocidade de 46 quilômetros por hora.
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