A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) informou nesta segunda-feira (24) que a chuva intensa e o vento forte impedem que o plano de resgate para retirar a balsa com guincho que naufragou no sábado (22) seja executado. Uma rajada de vento, de cerca de 80 quilômetros por hora, provocou altas ondas na madrugada de sábado, que viraram a balsa que trabalha nas obras de ampliação do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).
Segundo a Appa, nenhum funcionário estava no local na hora do acidente e também não havia nenhum navio nas proximidades. O porto não teve o funcionamento prejudicado. A balsa estava sendo utilizada para cravar as estacas que servirão de apoio para a ampliação do píer do TCP no fundo do mar.
A Appa informa que mergulhadores estão monitorando a embarcação para que não ocorra vazamento do óleo contido nos tanques na balsa e no guincho. Ao todo, são 1,2 mil litros. Ambos possuem dispositivos para evitar o vazamento em acidentes, mas uma operação especial precisará ser feita para que não haja risco de o combustível contaminar a água.
Plano
Um equipamento especial deve ser utilizado para tirar o guincho e a balsa do mar, mas apenas depois que os tanques estiverem vazios. O plano de resgate foi elaborado em parceria com o IAP e o Ibama. Para que as atividades subaquáticas de transbordo do óleo sejam realizadas com segurança, o ideal é que a chuva e o vento diminuam. O trabalho será realizado basicamente em duas etapas: na primeira, será feito o transbordo do óleo e, depois, o próprio guincho e a balsa serão retirados do mar.
Como o fato ocorreu na extremidade leste do cais, onde estão acontecendo obras do TCP, não há prejuízo na navegação em Paranaguá e o Porto segue funcionando normalmente. A Appa abriu uma sindicância para verificar as causas do acidente. O relatório deve ser concluído em 30 dias. O TCP ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. A equipe de resgate espera que amanhã o tempo esteja melhor para a execução do plano de resgate.