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Consumo

Verde e amarelo em liquidação

A eliminação do Brasil nas quartas-de-final da Compa do Mundo – antes do que esperavam os brasileiros – antecipou em uma semana as liquidações do comércio de produtos verde-amarelos e de eletroeletrônicos. Apesar da sobra de estoque, os comerciantes comemoram o bom desempenho nas vendas, principalmente no período que antecedeu o mundial. Em muitas lojas, as vendas dobraram, no mínimo, nos meses de maio e junho em relação ao mesmo período do ano passado.

Foi o que aconteceu com as Casas Bahia. A maior rede varejista do país vendeu, até junho, mais de 1 milhão de televisores. Só com promoção da tevê de plasma – o cliente que comprasse uma poderia levar outra por R$ 1 se o Brasil ganhasse a Copa – foram vendidas 2 mil unidades em uma semana. Volume que, segundo a empresa, levaria sete meses para deixar o estoque em outros períodos. Agora, as Casas Bahia seguem com promoções. Porém, a direção da empresa diz que não há nenhuma relação com a eliminação precoce do Brasil.

Já em outras redes, a liquidação verde-amarela é declarada. Nas lojas Americanas, por exemplo, cinco produtos da copa estão em promoção. Uma blusa do Brasil (Blusão Silk Brasil) que custava R$ 23,99 durante os jogos, está sendo vendida por R$ 9,99 – ou seja, com desconto de mais de 50%.

O cenário é bom para os eternos patriotas, aqueles que nas ruas ainda exibem camisetas e acessórios verde-amarelos. Cores, aliás, que não ocupam mais lugar de destaque nas vitrines dos shoppings. A loja de artigos esportivos KAS é uma das poucas do Mueller, por exemplo, que ainda ostenta o verde e amarelo, e sustenta que ainda há procura pela coleção Brasil, desenhada especialmente para os jogos.

Hoje, as peças que ainda restam na loja estão com 65% de desconto para pagamento à vista. A maior suspresa da gerente foi que as vendas continuaram no mesmo ritmo inclusive no dia seguinte à eliminação do Brasil. "Muitos clientes já estão de olho no Pan-Americano (em julho de 2007)", diz a gerente da loja, Marilice Pachecoski. "Tanto é que já não temos nada da coleção feminina, só os biquínis e maiôs."

A perceção de que os clientes ainda vão usar verde e amarelo nas próximas estações, apontada por Marilice, é confirmada pela consultora de imagem Adriana Izumi. "Essa tendência começou na Europa e já vem de dois, três anos. A Copa só fortaleceu esse sentimento. Se o Brasil tivesse vencido, a projeção seria ainda maior, mas mesmo com a derrota o verde-bandeira e o amarelo-ouro ainda são apostas fortíssimas o verão."

Mas a tese de Adriana não vale para as camisas oficiais das seleções, que mudam a cada edição da Copa. Na Trio de Ferro do PolloShop, elas estão sendo vendidas com 25% de desconto. Segundo a gerente da loja, Eliane Leão, a procura pelas camisas do Brasil diminuiu bastante desde o sábado da eliminação. "Já as de Portugal, acabaram."

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