A inflação em Curitiba e região metropolitanafechou o mês de maio, comparado com abril, com alta de 0,30%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (7). O dado é da pesquisa mensal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apontou neste mês um aumento de 1,2% nos custos com vestuário na capital paranaense, sendo este o principal fator para a elevação final na média dos preços.

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De acordo com a economista e professora do Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba) Patrícia Tendolini, a variação no setor de vestuário é comum para esta época do ano. "Com a queda das temperaturas, há uma tendência de aumento na compra de roupas de inverno. Já que a capital do Paraná é mais fria que as outras, é natural que esse índice varie mais por aqui", explica. "Essa inflação fica abaixo de 10% e, portanto, dentro da meta. Não há razão para se preocupar".

Na lista dos setores que tiveram maior reajuste aparecem ainda saúde e cuidados pessoais (1,17%), artigos de residência (0,58%), despesas pessoais (0,57%) e habitação (0,47%). Gastos com educação, no mesmo período, não tiveram nenhuma variação.

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Alimentos e bebidas registraram leve queda, de 0,07%. Entre os subitens com maior variação de preços estão a melancia (24,08%), o feijão carioca (9,86%) e o atum em conserva (8,27%). No entanto, segundo a economista Patrícia, eles não devem pesar no bolso do consumidor. "A sazonalidade interfere bastante, mas produtos como esses não afetam muito a inflação e não integram as compras típicas do brasileiro", comenta.

Resultados acumulados

No acumulado do ano, Curitiba e região têm inflação de 2,44%, puxada principalmente por gastos com educação (6,57%). Outros setores que contribuem com a alta nos cinco primeiros meses de 2013 são artigos de residência (5,92%), saúde e cuidados pessoais (4,2%) e alimentos e bebidas (4,05%). O único segmento de gastos em queda no ano é o de habitação (-0,61%).

Já no resultado dos últimos 12 meses, entre maio de 2012 e maio de 2013, a inflação na capital e região ficou em 6,18%. O número é reflexo especialmente das altas em alimentos e bebidas (11,56%), seguido por vestuário (10,27%) e artigos de residência. Nesta base de comparação, nenhum produto registrou queda, mas a menor alta ficou com habitação (1,32%) e comunicação (1,32%).

Inflação nacional marca 0,37%

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No Brasil, a inflação ficou em 0,37% em maio e fechou os últimos 12 meses no limite da meta estabelecida pelo governo – 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No acumulado do ano, o país está com inflação de 2,88%, com principal alta nos setores de educação (6,54%) e alimentos e bebidas (5,98%).

Entre os locais com os maiores aumentos nos preços em maio estão Recife (0,74%), Rio de Janeiro (0,63%), Goiânia (0,57%), Porto Alegre (0,5%). Belém foi o único local que registrou baixa no mês e fechou com -0,16%.

* Colaborou Thomas Rieger, especial para a Gazeta do Povo