Histórico
Espanhóis deram nome à empresa, que tem 500 veículos
Com 76 anos de atuação, a Viação Garcia foi fundada em 1934 pelos mecânicos Mathias Heim, imigrante alemão, e o espanhol Celso Garcia Cid. O primeiro veículo da nova empresa era um caminhão adaptado em jardineira. Em 1937, Heim vendeu a parte dele da sociedade para o espanhol José Garcia Villar.
Atualmente, o grupo Viação Garcia emprega 2,7 mil funcionários e tem mais de 500 veículos. A empresa é a responsável pelo transporte de passageiros entre as principais cidades do Paraná, além de ter linhas para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
O empresário Mário Luft é presidente do conselho de administração do Grupo Luft, um dos maiores conglomerados de transporte e logística do Brasil. Em 2010, o grupo, que tem 4,4 mil funcionários e 1,6 mil caminhões, deve faturar R$ 1 bilhão. O grupo foi criado em 1975, no Rio Grande do Sul, e atualmente controla seis empresas especializadas nos segmentos de agronegócio, alimentos, saúde, entretenimento, grandes volumes e cargas sensíveis. (DC)
Amanhã, a Viação Garcia estará de administração nova. O empresário paulista Mário Luft, em conjunto com um grupo de investidores, confirmou na manhã de ontem a aquisição da empresa, em uma negociação que incluiu ainda as viações Ouro Branco e Princesa do Ivaí, além de 37 garagens. O empresário não quis confirmar o valor da transação, mas disse que foi de aproximadamente R$ 400 milhões. Segundo a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), esta seria a maior transação financeira relacionada à venda de uma empresa já registrada em Londrina.
Desde o fim da última semana já se especulava que a compra havia sido realizada pela Luft Logistics, grupo do qual o empresário é presidente. No entanto, ele afirmou que a aquisição não envolveu a companhia paulista. "Quem liderou essa compra fui eu, pessoa física, com um grupo de investidores. O grupo Luft não está envolvido nesse processo", disse. Segundo o empresário, a negociação foi definida no domingo. Ontem, apenas os últimos detalhes seriam acertados.
Com relação às dívidas da empresa londrinense, cujo passivo gira em torno dos R$ 100 milhões, Luft explicou que elas são referentes mais a "despesas correntes". "Nesse valor estão englobados o Fundo de Garantia dos funcionários e férias proporcionais. O restante são pequenas contas, mas são coisas menores", explicou.
Marca
O empresário afirmou que o nome Viação Garcia será mantido. Segundo ele, esta é uma forma de prestigiar a história da companhia e dos fundadores. "Não comprei um monte de ônibus, mas uma companhia com um nome firme e bem conceituado. A Viação Garcia é praticamente uma instituição do Paraná", afirmou.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), João Batista da Silva, afirmou que a entidade não está preocupada com possíveis demissões. "Temos um bom relacionamento institucional e queremos mantê-lo com os novos gestores. O que ocorre é uma expectativa normal de uma nova administração", destacou.
Questionado sobre possíveis demissões, Mário Luft descartou qualquer grande movimentação de pessoal. Ele declarou que o novo grupo gestor fará um "ajuste fino" e os funcionários não precisam ficar preocupados. "Vamos mexer mais na gestão de produtividade, na base de custos. Na estrutura administrativa e nos pontos de vendas não vamos alterar nada", afirmou. A assessoria de imprensa da Viação Garcia informou que, por enquanto, a empresa não vai se pronunciar sobre o assunto.
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