Tela da versão 5.0 do Google Earth: riqueza em tons de azul, que simbolizam a profundidade do oceano, e dados de parceiros como a National Geographic| Foto: Divulgação

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São Paulo - A desgastada observação de que nosso planeta deveria se chamar Água em vez de Terra – já que 70% de sua superfície é coberta pelo líquido – atraiu a atenção do Google. Foram dois anos de investimento até a revelação da última semana: a inclusão de informações sobre mares e oceanos ao Google Earth. Ao instalar a versão 5.0 do programa e ampliar a visão sobre o globo, o usuário vê no lugar da antiga mancha azul-marinho que fazia as vezes de oceano diferentes tonalidades da cor, que já indicam a profundidade da água. Chegando mais perto, tem as plataformas continentais e as cordilheiras submarinas, com seus picos emergindo como ilhas.

Para reunir dados sobre o oceano, o Google contou com 80 parceiros, entre os quais a marinha americana, a Fundação Jacques Cousteau, o Shipwreck Center, a emissora BBC e a revista National Geographic.

As imagens da formação topográfica marinha foram obtidas por batimetria – técnica que usa ondas sonoras e o atraso de sua resposta ao chocarem-se com uma superfície para medir distâncias. Mas, além do fundo do mar, com a novidade batizada de Google Ocean é possível acompanhar o trajeto feito por animais rastreados com ajuda do Sistema de Posicionamento Global (GPS) e a lista de espécies ameaçadas de extinção. Ainda estão disponíveis informações sobre naufrágios e sobre a temperatura da superfície da Terra.

"Nosso objetivo continua sendo o de organizar toda a informação do mundo, como colocaram Sergei Brin e Larry Page no lançamento do Google", disse Félix Ximenes, diretor de comunicação da empresa no Brasil durante o lançamento do Google Ocean. "Reunimos em um só lugar informações sobre o meio ambiente de interesse científico e capazes de atrair a atenção do público geral."

Além das imagens, os usuários têm acesso a vídeos, verbetes de enciclopédias online, material para pesquisa e jogos do quiz produzidos pelos parceiros. Seguindo o espírito colaborativo que caracteriza a rede, internautas também podem postar suas criações. Do vídeo de uma pescaria às últimas medições do estoque de peixes na costa brasileira.

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Infelizmente a costa de nosso país não conta com a riqueza de informações observada no Mar Mediterrâneo ou na costa dos Estados Unidos. O Google Brasil procura instituições e pesquisadores locais para ampliar a quantidade de dados sobre o Brasil.