Mais de um entre oito adultos dos Estados Unidos encontram dificuldades para ficar dias longe da internet, e cerca de um em cada 11 tenta ocultar seu vício de ficar online, de acordo com um estudo. O trabalho conduzido por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia, constatou que um em cada oito adultos admitia que deveria passar menos tempo online, e afirma que isso expõe que o "uso problemático da internet" é uma questão que afeta porção considerável da população.
- Nós muitas vezes nos concentramos em como a internet é maravilhosa, em como é simples, eficiente e capaz de fazer coisas - afirmou Elias Aboujaoude, o diretor científico do estudo, em comunicado. - Mas precisamos considerar o fato de que ela cria problemas reais para um subgrupo de pessoas.
O estudo envolveu uma pesquisa, feita por telefone e de alcance nacional, com 2.581 pessoas, em entrevistas realizadas no segundo e terceiro trimestres de 2004, seguidas por análise dos dados e preparação do relatório, que será publicado na edição de outubro do "CNS Spectrums: The International Journal of Neuropsychiatric Medicine". A pesquisa constatou que 68,9% dos entrevistados usavam a internet regularmente, e 13,7% consideravam difícil passar mais que alguns dias sem conectar.
O estudo descobriu ainda que 12,4% das pessoas ocasionalmente passavam mais tempo do que pretendiam online, e mais de 12% consideravam que era necessário reduzir seu uso de Internet, enquanto 8,7% tentavam ocultar seu uso "não essencial" da rede aos olhos da família, amigos e empregadores. Proporção um pouco inferior dos entrevistados, 8,2%, afirmou que usa a internet para escapar de problemas ou do mau humor, e 5,9% disseram que seus relacionamentos haviam sofrido devido ao uso exagerado da web.
Aboujaoude disse que os resultados não demonstram que as pessoas estejam sofrendo de um distúrbio clínico, e acrescentou que novas pesquisas seriam necessárias para determinar se isso acontece.
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