Celulares e os aparelhos de email sem fio BlackBerry podem causar vício, mas a maioria dos executivos insiste que a tecnologia móvel melhorou o equilíbrio entre a vida profissional e a doméstica, segundo um estudo divulgado na quinta-feira.
O estudo, conduzido pelo grupo de recrutamento de executivos Korn/Ferry International, concluiu que quatro em cada cinco executivos do mundo estão permanentemente conectados ao trabalho por meio de aparelhos móveis tais como celulares, organizadores pessoais (PDAs), laptops ou pagers.
Mais de um terço dos 2,3 mil executivos pesquisados em 75 países acredita passar tempo demais conectado a dispositivos de comunicação.
Mas mais de três quartos, ou 77%, dos entrevistados afirmaram que acreditam que os aparelhos móveis de comunicação melhoram o equilíbrio entre trabalho e a vida pessoal, em lugar de prejudicá-lo.
Jim Craig, porta-voz da Sitrick and Co., uma empresa de comunicação estratégica, disse que seu portátil BlackBerry faz diferença significativa -e em geral positiva.
- O aparelho me ajuda a administrar coisas sem ter de estar no escritório o tempo todo. Viajo muito, para a América do Sul, e posso usá-lo lá, na rua, ou em Nova York - disse Craig. - O que me torna muito mais eficiente.
- Se é um vício? Algumas pessoas me consideram viciado. Mas na verdade o aparelho se tornou parte da minha vida - disse.
O BlackBerry, produzido pela Research in Motion, se tornou tecnologia indispensável no final dos anos de 1990, como ferramenta para recepção automática de email no caso de usuários móveis, além de funcionar também como celular e permitir troca de mensagens de textos, acesso à Internet, oferecer funções de organizador pessoal e aplicativos para dados empresariais.
Muitos usuários o chamam, em tom de brincadeira, de "CrackBerry".
No primeiro trimestre de seu ano fiscal de 2007, encerrado em 3 de junho, a RIM vendeu 1,2 milhão de aparelhos, e o número de assinantes do serviço BlackBerry cresceu em 680 mil, para cerca de 5,5 milhão de pessoas, ainda que a empresa agora esteja enfrentando a competição de aparelhos de comunicação sem fio rivais que chegaram ao mercado.
A pesquisa coincidiu com a divulgação de um estudo acadêmico que afirma que manter funcionários ligados a aparelhos eletrônicos como laptops, BlackBerries e outros pode gerar abertura de processos judiciais por aqueles que se viciaram na tecnologia.
Gayle Porter, professor associado de administração da Universidade Rutgers, escreveu artigo afirmando que os funcionários cujas vidas pessoais são prejudicadas pelo vicio na tecnologia podem processar seus empregadores.
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