A intenção de muitos usuários do YouTube pode não ser ganhar dinheiro, mas sim divulgar vídeos sem qualquer interesse comercial. Ainda assim, os internautas devem gostar de uma iniciativa da página, que pretende remunerar os arquivos de grande sucesso, como aqueles da personagem Lonelygirl15 - uma das maiores estrelas do YouTube. A novidade foi divulgada na sexta-feira (4), pelo Google, empresa que comprou no ano passado a página de vídeos.
De acordo com o jornal "The New York Times", a experiência será restrita a cerca de 30 arquivos de grande popularidade, convidados pelo próprio Google a participar da iniciativa. Ao lado dos vídeos desses "vips" aparecerão links patrocinados, a principal fonte de renda da gigante que associa esses endereços às buscas feitas pelos usuários. Quando o internauta clicar nos links, parte do lucro obtido pelo Google será repassada ao dono do arquivo.
Segundo o jornal, o YouTube se recusou a comentar como dividirá os lucros e quanto um usuário pode faturar com a iniciativa. A companhia também não estabeleceu uma data para colocar esse sistema de remuneração em prática.
"É comum as pessoas menosprezarem o conteúdo criado pelo próprio internauta. Mas o material selecionado [para participar da iniciativa] tem mérito e apresenta o mesmo valor que os vídeos de profissionais", afirmou Jamie Byrne, diretor de marketing do YouTube, segundo o "NYT".
Esse sistema de remuneração já é feito por outros serviços on-line de vídeo, como o Revver e o Metacafe. "Fazemos isso para incentivar a qualidade do conteúdo em nosso site", disse Allyson Campa, vice-presidente de marketing do Metacafe. Em seis meses, a companhia pagou cerca de US$ 500 mil aos produtores de vídeo, segundo o executivo -- 21 deles ganharam mais de US$ 5 mil cada, enquanto nove tiveram faturamento superior a US$ 10 mil.
A companhia paga US$ 5 para cada mil vezes que um arquivo é visto on-line, mas poucos desses vídeos tiveram mais de 20 mil acessos. Já o Revver repassa aos internautas metade do lucro que obtém com os links patrocinados gerados por seus vídeos, mas não divulgou quando seus usuários já faturaram.