O terceiro dia de greve dos vigilantes no Paraná foi marcado por violência. O vigilante Carlos Eduardo Rodrigues de Lima, de 26 anos, disse ter sido agredido por grevistas na tarde desta quinta-feira (3). Lima fraturou uma costela e o nariz, além de outros hematomas espalhados pelo corpo.

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Segundo Lima, os manifestantes foram até a agência onde trabalha na Cândido de Abreu para chamar os trabalhadores para participar da paralisação. O vigilante negou-se a participar da manifestação e cerca de dez grevistas agrediram Lima com socos e chutes até que o vigilante ficasse inconsciente.

"O pessoal se descontrolou totalmente, não estou acostumado com esse tipo de violência", afirmou Lima. O vigilante precisou da ajuda de um amigo que estava no local para ir à Clínica de Fraturas do Alto da XV e depois ao Instituto Médico Legal, IML, para fazer exames por conta da agressão. Lima também prestou Boletim de Ocorrência na Polícia Militar. Com as agressões Lima, que é vigilante há 4 anos, terá que ficar 15 dias em repouso para se recuperar dos hematomas e ferimentos.

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O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, acredita que este fato possa ter acontecido em decorrência de algum grevista descontrolado ou alguém que tenha sido contratado pelas empresas de segurança para causar tumulto. "Não concordamos com qualquer tipo de violência e agressão que venha ocorrer, o sindicato acredita que toda greve deve ser pacífica e ordeira", alerta. Soares relata também que esperar descobrir quem foram os agressores de Lima para entregá-los a polícia.

Conforme informações do Sindivigilantes a greve deve permanecer nesta sexta-feira (4). Nesta quinta-feira uma reunião entre a classe patronal e os vigilantes indicou que nova proposta feita pelo patronal será apresentada até as 14h desta sexta-feira. Com a permanência da paralisação 70% das agências bancárias de todo o estado permanecerão fechadas, além de museus e centros culturais do Paraná.