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Vigilantes de todo o Paraná prometem cruzar os braços a partir desta segunda-feira (2), paralisando as atividades de segurança bancária e industrial e de transporte de valores em todo o Estado. A decisão foi tomada em assembleias realizadas na noite de quinta-feira (29), quando os trabalhadores rejeitaram a proposta do sindicato patronal de reajuste salarial. De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, a população deve se prevenir e não deve deixar para sacar dinheiro em bancos na semana que vem, já que o abastecimento dos caixas poderá ser interrompido.

Soares explica que há uma lei que impede que as agências bancárias funcionem sem a presença de no mínimo dois seguranças. "Além disso, vamos parar de transportar cédulas para os caixas automáticos", conta. Ao todo, 21 mil vigilantes trabalham no Paraná, dos quais 70% devem aderir à greve. Só em Curitiba e região, são 6,8 mil, segundo o sindicato.

Os trabalhadores pedem um reajuste salarial equivalente à inflação do último ano (cerca de 7%) mais 5% de aumento real, além de elevação no adicional de risco da categoria, vale-refeição de R$ 15 e uma hora de intervalo para alimentação. O piso atual dos vigilantes é de R$ 890.

Segundo Soares, a última proposta do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp), rejeitada na quinta-feira, foi de um reajuste de 7% sobre o salário. "As negociações foram encerradas e eles não acenaram com nenhuma possibilidade de rever a proposta", afirma. Em Curitiba, o sindicato dos vigilantes promete realizar piquetes nas agências bancárias e manifestações em frente às empresas de transportes de valores durante toda a segunda-feira.

Em nota, assinada pelo presidente do Sindesp-PR, Jeferson Furlan Nazário, o sindicato patronal afirma que a proposta de reajuste é de 7% sobre o piso salarial, adicional de risco, seguro saúde e vale creche, além de 10% de aumento no tíquete refeição. Os índices superam a inflação projetada para o período de 1 de fevereiro de 2008 a 31 de janeiro de 2009, garante o sindicato.

O Sindesp alega reajuste além do proposto não estaria conectado a realidade do país dentro da atual crise econômica mundial. "Contando com a compreensão da população e dos nossos contratantes, pedimos aos nossos colaboradores (vigilantes) que reflitam sobre a proposta feita e atentem para o esforço das empresas em manter o nível de emprego do setor", conclui o presidente.

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