Vinhos importados e espumantes nacionais. Essa é a tendência observada nas principais adegas de Curitiba em relação às vendas de bebidas neste fim de ano. Entre os vinhos, quem domina o mercado na cidade são os importados do Chile e da Argentina, que têm preço acessível e são tidos como de boa qualidade.Segundo o proprietário da Casa da França, Eduardo Sokoloski Junior, a tendência já é observada há alguns anos. "Os chilenos e argentinos, nos últimos 3 ou 4 anos, são disparados os mais vendidos. Imagino que a questão do Mercosul facilitou a movimentação destes produtos aqui no Brasil", analisa.Outra característica observada é a aceitação do paladar do brasileiro a esses vinhos, como nota Luiz Groff, proprietário da In Vino Veritas. "O vinho dos argentinos e dos chilenos é mais concentrado e macio do que o produzido na Europa, que é um pouco mais seco, desce com um pouco mais de dificuldade", explica.
Sokoloski lembra dois fatores que atraem a preferência do consumidor: o bolso e o sabor. "Estes vinhos unem duas características muito interessantes: tem qualidade por um preço acessível. E é justamente isto que o consumidor procura", diz.
Espumantes
Em relação aos espumantes e aos champagnes, a preferência se modifica: os produtos nacionais são muito bem aceitos. "Os preços variam: há uns bem baratos e outros um pouco mais salgados, mas os espumantes brasileiros fazem bastante sucesso", afirma Clóvis Viana Filho, proprietário do Armazém da Serra.
Impulsionados pelas boas vendas, algumas adegas têm investido em produtos importados de luxo, como a Casa da França. "Nós somos os representantes de uma renomada marca francesa de gastronomia, e importamos biscoitos, aperitivos, geléias, diversos produtos desta marca francesa", conta Sokoloski. Em média, o gasto médio dos clientes numa ida à loja é de R$ 200, de acordo com Guilherme Franco, dono da Adega Franco.