A Virgin Galactic debutou nesta segunda-feira (28) na Bolsa de Valores de Nova York, se tornando a primeira empresa de turismo espacial de capital aberto. Cotadas inicialmente em U$ 12, em poucas horas as ações já valiam U$ 13,50.
A empresa de Richard Branson se uniu na semana passada à Social Capital Hedosphia, uma firma de investimentos de Nova York, já listada na Bolsa americana, o que permitiu à Virgin Galactic encurtar todo o processo para estrear no pregão. A Social Capital Hedosophia detém 46,5% das ações da Virgin Galactic, avaliada em U$ 1,5 bilhão.
O setor espacial cresce rapidamente e as expectativas são que alcance o valor de U$ 2,7 trilhões até 2045, de acordo com Bank of America Merrill Lynch.
Durante anos, a Virgin Galactic travou uma competição com outras empresas comandadas por bilionários, como a SpaceX de Elon Musk e Blue Origin, de Jeff Bezos. Esta última está competindo para construir um veículo lunar para a Nasa com previsão de levar astronautas de novo à Lua em 2024.
A Virgin Galactic foi fundada em 2004, mas passou por vários insucessos. Uma de suas naves espaciais sofreu um acidente no deserto do Mojave, em 2014, que resultou na morte do copiloto Michael Alsbury.
A empresa levantou mais de U$ 1 bilhão desde o início das atividades, sendo que a maior parte foi injetada pelo bilionário britânico Branson. Até agora, a Virgin levou sua nave espacial SpaceShipTwo até a margem do espaço, duas vezes em viagens teste.
Recentemente a Boeing comprou 1% da companhia por U$ 20 milhões. O primeiro voo comercial está previsto para meados de 2020. A empresa projeta transportar mais de 1.500 turistas por ano até 2023 e prevê arrecadar U$ 600 milhões em receita.
Mais de 600 pessoas em 60 países - incluindo o astro pop Justin Bieber - já reservaram uma viagem espacial pelo valor de U$ 250 mil a passagem. O valor total das reservas é de U$ 80 milhões.
Diferentemente dos foguetes tradicionais que são lançados na vertical, a nave espacial da Virgin é acoplada na parte inferior de um avião convencional e é levada até 40 mil pés de altitudes. Lá a nave se desprende do avião, acende os motores e voa até à margem da atmosfera terrestre, onde os passageiros ficam por quatro minutos num ambiente sem gravidade.
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