A operação de fiscalização dos cabos nos postes da Rua Riachuelo, no Centro de Curitiba, terminou com notificações às empresas Oi, Embratel e NET e multa de R$ 822 à GVT, todas por não respeitarem a altura mínima de cinco metros entre os cabos e o chão. A GVT foi a única multada pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), dona dos postes, porque já havia sido notificada anteriormente e não se adequou à exigência a tempo.
Todos os cabos de TV, internet e telefone, alvos da fiscalização, estavam identificados e, portanto, nenhum foi retirado. A operação, que aconteceu das 9h às 11h desta terça-feira (12), foi a primeira do tipo e contou com a participação de funcionários da Copel, representantes do Ministério Público do Paraná (MP-PR), técnicos das secretarias de Trânsito e de Urbanismo e agentes da Guarda Municipal.
A prefeitura informou que apenas um fio tinha sido colocado ilegalmente por um dono de loja em alguns postes para interligar câmeras entre estabelecimentos. O fio foi retirado.
O vice-presidente da associação de comerciantes e moradores da Riachuelo, Chaim Jaber acompanhou da sua loja a movimentação dos agentes da Copel. "São 1.500 pessoas entre moradores e comerciantes na rua, é difícil agradar todo mundo. Disseram que estava tudo certo, mas eu só acredito vendo", disse, por telefone à reportagem, poucos minutos antes de a prefeitura divulgar o resultado parcial da operação.
Próximas ações
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, uma escala com as próximas ruas que passarão pela intervenção está sendo preparada a partir de um estudo técnico, mas ainda não se sabe quando ou mesmo se ela será divulgada.
As multas aplicadas pela Copel dependem da época da assinatura do contrato com as empresas, e os valores são corrigidos mensalmente pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), variando entre R$ 400 e R$ 450 por poste. Há a possibilidade de uma nova multa, no valor de R$ 610, ser aplicada pela prefeitura, mas isso ainda deve ser estudado por equipes técnicas.
Ao mesmo tempo em que equipes da prefeitura farão a limpeza dos cabos, outro grupo formado por profissionais da Copel e das empresas de TV a cabo, internet e telefonia estuda alternativas para evitar que o problema do emaranhado de fios volte no futuro.
Até o dia 30 de novembro, deve ser apresentado um projeto piloto para as ruas Visconde de Guarapuava e Carlos de Carvalho. Entre as possibilidades, estão a instalação de um único cabo que carregaria todos os fios ou enterrar todos eles.