São Sebastião da Amoreira e Curitiba – A vistoria do rebanho na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (Norte do estado), declarado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) como foco de febre aftosa, deve ser concluída hoje. Os integrantes das duas comissões de avaliação, uma nomeada pelo Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná (Fundepec) e outra pela Superintendência do Mapa no Paraná, estão na propriedade desde a tarde de ontem.

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No total, são cinco técnicos, representantes do Mapa, Secretaria de Agricultura (Seab), Federação da Agricultura, Organização das Cooperativas e Sindicato da Indústria da Carne, que fazem a contagem e a pesagem individual das aproximadamente 1.800 cabeças. Ao fim do levantamento, com o número exato de animais e o rebanho separado por faixa de peso, a comissão apresentará o valor da indenização, calculado de acordo com a regras do Mapa e do Fundepec.

O valor a ser pago pela arroba pode variar conforme a idade do boi. Para o gado em ponto de abate, a base de cálculo é o preço da arroba praticado no dia da avaliação. Ontem, de acordo com o Sistema de Informação do Mercado Agrícola (Sima), da Seab, a arroba na região de Cornélio Procópio, área da Fazenda Cachoeira, atingiu R$ 47. O rebanho mais jovem tem cotação inferior. Com base nesses cálculos e critérios, a indenização deve ficar entre R$ 1,2 milhão – valor sugerido numa reunião preliminar da equipe técnica, feita antes da pesagem do gado – e R$ 1,5 milhão, cifra prevista na ação judicial iniciada por Carioba.

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Concluída a avaliação, o passo seguinte é a apresentação do cálculo ao pecuarista André Carioba, que precisa aprovar o valor para que sejam adotados os procedimentos práticos de sacrifício do gado. Antes, porém, para oficializar o acordo proposto para o abate dos bois, Carioba precisa desistir oficialmente da ação que tramita na Justiça Federal e tornar sem efeito a liminar que impede a morte dos animais.

Barreiras

A Fazenda Cachoeira continua isolada por uma barreira sanitária da Seab, mas ainda não está pronta para iniciar o sacrifício dos animais. As valas onde o gado deve ser enterrado não foram abertas. A secretaria ainda mantém uma segunda barreira, no acesso da área urbana de São Sebastião da Amoreira à PR-218, em direção à propriedade. Os veículos que passam pelas barreiras são submetidos a uma pulverização que utiliza uma solução de ácido cítrico. Os técnicos que fazem a avaliação dos bois usam roupas especiais e não permitem que pessoas sem as vestes sanitárias se aproximem do rebanho. O anúncio do foco de febre aftosa no Paraná completa hoje 60 dias. Desde então, já são 56 o número de países que embargaram a carne produzida no estado.