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Visum busca recuperação no interior

Depois de oficializar o encerramento das atividades na unidade de Curitiba, a Visum, fabricante de placas e produtos eletrônicos, concluiu a transferência da produção para Pato Branco (Sudoeste do estado), onde uma filial já está instalada. A sucursal agora torna-se matriz e vai operar com outra razão social, Hi-Mix. O foco está na produção diversificada de bens relacionados à tecnologia. Segundo os diretores da companhia, a mudança é estratégica e visa aproveitar condições mais favoráveis no interior.

A operação da unidade em Curitiba era, em grande parte, dedicada à produção concentrada de poucos produtos, em grande escala. Empresas como a taiwanesa Asus e a Positivo Informática já fizeram parte do rol de clientes da companhia, mas o cenário mudou. Segundo Claudio da Silva Santos, diretor da Visum, a alta volatilidade do mercado e a forte concorrência foram fatores que prejudicaram a empresa. "Nesse segmento é necessário ter vantagens competitivas claras, e na nossa avaliação essa atividade não estava mais sendo rentável para a companhia", afirma.

Em dezembro do ano passado o grupo decidiu encerrar a parceria com a Asus, que chegou a representar 80% de todo o faturamento (veja mais abaixo). A Visum montava em Curitiba netbooks da linha Asus Eee. De acordo com Santos, o negócio já não era viável. "Constatamos que havia um descompasso em termos de preço e volume. Tentamos discutir a questão, mas a Asus não teve interesse em negociar", comenta. Com a mudança, a produção passou a ser reduzida gradualmente, até o encerramento das operações, no fim de abril.

A decisão de transferir a produção para Pato Branco tem como objetivo aproveitar vantagens fornecidas pela administração local. Além da concessão de benefícios tributários, em 2007 a Visum recebeu da prefeitura um terreno de 30 mil metros quadrados, avaliado em R$ 450 mil. Túlio Henrique de Lima, um dos fundadores da Visum, destaca que a transferência para o interior aumenta as chances de crescimento. "Os benefícios concedidos criam uma vantagem, nos torna competitivos novamente", diz. A alteração para o nome Hi-Mix busca enfatizar a mudança, já que a antiga empresa se mantém ativa apenas para os trâmites legais.

Mesmo com o encolhimento em Curitiba, que contou com a demissão recente de 200 funcionários, parte da estrutura ainda segue funcionando na capital. Um grupo de aproximadamente 100 pessoas vai atuar como apoio em áreas como compras, contabilidade, finanças e comércio. De acordo com Lima, buscou-se afetar o mínimo de pessoas possível. "Todos os compromissos foram honrados, com cumprimento dos contratos e sem qualquer desavença, pois o sindicato da categoria também nos ajudou", ressalta. A companhia emitiu debêntures em 2010, mas Lima observa que, como os únicos debenturistas são os sócios da companhia, investidores externos não foram prejudicados.

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