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Vitória de Trump derruba mercados financeiros em todo o mundo

 | TORU YAMANAKA/AFP
(Foto: TORU YAMANAKA/AFP)

Quando a vitória de Donald Trump na corrida para a Casa Branca ainda era ‘muito provável’ os mercados financeiros mundiais já começaram a reagir – e despencar, nesta quarta-feira (9). Na Ásia, as bolsas caíram e na Europa o recuo já era registrado antes mesmo de os pregões iniciarem.

Em Nova York, o índice S&P 500 perdia 5,01% às 5h locais (3h no horário Brasília) e o tecnológico Nasdaq recuava 5,08%. Wall Street havia fechado em alta na terça-feira (8), no rastro de pesquisas favoráveis à candidata democrata, Hillary Clinton.

A Bolsa de Londres recuava 4,44% no mercado a termo, horas antes da abertura do pregão, acompanhando a tendência geral dos mercados.

Em Tóquio, a Bolsa fechou em queda de 5,36%, com o índice Nikkei dos 225 principais valores recuando 919,84 pontos, a 16.251,54 unidades, em um pregão particularmente movimentado. Hong Kong perdia quase 3%, Xangai, 1,3%, Sidney, 2%, e Mumbai, 6%.

O ministério japonês das Finanças, a Agência de Serviços Financeiros e o Banco do Japão (BoJ) realizam uma reunião de emergência para analisar a situação dos mercados diante da perspectiva da vitória de Trump.

A reunião, no ministério das Finanças, foi convocada “para trocar informações sobre os mercados”, explicou à AFP um porta-voz do Banco Central japonês.

O iene e o euro dispararam diante do dólar em Tóquio, com a moeda americana valendo 101,20 ienes, contra 105,47 antes dos resultados favoráveis ao republicano. O euro era cotado a 1,1287 dólar, contra 1,0989 dólar.

O peso mexicano desabou à medida em que os resultados mostravam Trump com desempenho superior ao de Hillary Clinton.

A moeda, barômetro da opinião dos mercados nas últimas semanas, era cotada por volta das 3h locais (1h no horário Brasília) a 20,3195 pesos por dólar, contra 18,1634 pesos um pouco antes.

“Apertem os cintos, será uma viagem agitada”, disse Chad Morganlander, operador da Stifel, Nicolaus & Co. “Os investidores se moverão de maneira caótica até que tudo esteja claro”.

“É uma hecatombe nos mercados”, resumiu Craig Erlam, analista de Oanda. “Pela segunda vez este ano, parece que os mercados fizeram prognósticos equivocados. Em junho, apostaram na permanência do Reino Unido na União Europeia, desta vez contavam com (....) a vitória de Clinton”.

Neste contexto, o ouro subiu a 1.323,17 dólares a onça, contra 1.268,30 dólares no início do pregão na Ásia. Os investidores também se precipitaram para o mercado da dívida: o rendimento dos bônus do Tesouro americano a 10 anos retrocedeu a 1,729%, contra 1,867% horas antes.

O petróleo também cedia. No começo da madrugada, o barril do “light sweet crude” recuava 1,67 dólar, a 43,31 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro cedia 1,46 dólar, a 44,58 dólares.

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