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Telefonia

Vivendi garante 51% das ações da GVT

A Vivendi anunciou ontem que alcançou a participação de 50,9% no capital da operadora de telefonia GVT e aplacou os rumores de que poderia não obter a maioria das ações da companhia. As dúvidas sobre o negócio, no entanto, persistem, segundo fontes ouvidas pela reportagem.

O grupo francês anunciou a compra da GVT em 13 de novembro, a partir de uma intrincada operação que combinava a compra direta de 37,9% das ações mais o direito de adquirir outros 19,6% por meio de contratos de opções. O preço pago por ação da GVT, de R$ 56, avaliou a operadora em R$ 7,2 bilhões.

Questionada pela Comis­são de Valores Mobiliários (CVM) a respeito desses contratos de opções, os esclarecimentos da Vivendi foram considerados insuficientes pela autarquia, responsável pela regulação do mercado de capitais brasileiro.

Segundo o vice-presidente de comunicação da Vivendi, Simon Gillham, a empresa realizou o negócio seguindo os mais altos padrões de governança corporativa. "Estamos confiantes de que podemos responder a todas as questões da CVM", afirmou. Após o comunicado da empresa divulgado ontem, a CVM informou apenas que as investigações sobre o caso prosseguem.

O grupo francês informou ter fechado as opções com a Tyrus Capital. Os contratos dão o direito de a companhia comprar 24.934.700 ações da GVT. Essa quantidade de ações, no entanto, é alvo de questionamentos, já que a Tyrus informou à CVM dias antes do negócio deter apenas 8.520.000 papéis, o equivalente a 6,63% do capital da GVT. Apenas com essa participação a Vivendi não teria a maioria do capital da operadora.

O acordo prevê o direito de exercício das opções pela Vivendi até fevereiro. A Tyrus teria confirmado aos franceses que na data de transferência das ações terá a propriedade dos papéis, de acordo com a resposta encaminhada à CVM.

Telefônica

Ao anunciar a compra da GVT, a Vivendi desbancou a Telefônica, que havia oferecido R$ 50,50 por ação da companhia. A operadora espanhola deverá aguardar o resultado das investigações da CVM antes de decidir se entrará na Justiça para bloquear o processo de venda da GVT. Um dos pontos questionados pelos espanhóis é o fato de a participação da Tyrus ser detida por meio de instrumentos derivativos, e não diretamente.

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