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Telefonia

Vivendi não deve entrar em guerra de ofertas por GVT

A Vivendi deverá abandonar sua tentativa de comprar a empresa brasileira de telecomunicações GVT, após ter sido atropelada por uma contra-oferta de 2,6 bilhões de euros lançada pela espanhola Telefónica.

A Vivendi já abandonou conversações no passado por não ter intenção de pagar prêmios elevados e uma expansão no Brasil não é exatamente crucial para o maior grupo de entretenimento da Europa, avaliam analistas.

"Nós duvidamos que a Vivendi vá se envolver em uma disputa pela GVT - o Brasil não é assim tão estratégico para eles -, e a direção mostrou disciplina e evitou pagar prêmios muito altos em negociações recentes", afirmaram analistas da Bernstein Research em relatório.

A operadora brasileira de telefonia fixa Telefônica apresentou na quarta-feira uma oferta de 3,9 bilhões de dólares em dinheiro pela GVT, contra-atacando uma oferta de 2,9 bilhões de dólares apresentada pela Vivendi em 8 de setembro.

A oferta da Telefônica veio dias antes do encerramento do prazo para due diligence previsto na oferta da Vivendi, 16 de outubro.

Uma fonte próxima à situação disse à Reuters na quarta-feira que o conselho da Vivendi deve se reunir no dia 14 de outubro para discutir a proposta pela GVT, mas não está claro se o encontro será mantido.

Uma porta-voz da Vivendi negou-se a comentar o assunto. Novas ofertas pela GVT já eram esperadas, após a proposta de 42 reais por ação feita pela Vivendi. A Telefônica oferece 48 reais por papel, um prêmio de 15 por cento.

"Acreditamos que a Vivendi não deverá elevar sua oferta, porque não será capaz de capturar as mesmas sinergias (que a Telefônica) a partir do negócio, que além do mais não representa uma operação impressionante", afirmaram analistas do Citi em relatório.

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