A operadora de telefonia celular Vivo, do grupo Telefônica Brasil, apresentou nesta terça-feira um novo serviço de Internet rápida móvel para a região metropolitana de São Paulo.
O serviço utilizará a recém-instalada tecnologia HSPA+ para redes 3G e oferecerá um plano de acesso à Internet de 10 GB a 199,90 reais por mês, mirando o público de alta renda, segundo executivos da companhia.
A comercialização do serviço (chamado de 3G Plus) terá início nesta terça-feira em São Paulo e será ampliada futuramente a outros Estados, conforme os executivos, que não estipularam prazos para as demais localidades.
Apesar da oferta inicial se restringir à capital paulista e à região com código de área 011, toda a rede da Vivo no Brasil foi atualizada para a tecnologia HSPA+.
"A rede toda está pronta", disse a jornalistas o diretor-geral da Telefônica Brasil, Paulo Cesar Teixeira, durante apresentação do novo serviço. A Vivo tem cobertura nacional.
A atualização da tecnologia da rede 3G, segundo os executivos, exigiu atualização de software e hardware na rede da empresa, mas os investimentos totais não foram revelados.
De acordo com a companhia, a tecnologia HSPA+ permite o fornecimento de banda larga móvel com velocidade cerca de três vezes maior que a atualmente oferecida pela empresa -cerca de 1 megabit por segundo (mbps)- principalmente porque utiliza de forma mais eficiente as ondas de rádiofrequência para voz e dados.
De acordo com o diretor de marketing móvel da Vivo, Daniel Cardoso, a nova tecnologia e o novo serviço reforçam a "aposta (da empresa) nos vários segmentos de Internet móvel".
A Vivo liderou as adições líquidas de linhas móveis em outubro, com mais de 1,5 milhão de novas habilitações, resultado creditado a novos planos promocionais no terceiro trimestre, como tarifas de baixo custo para contas pré-pagas.
MARGENS
Analistas argumentam que o aumento de pacotes promocionais pode pressionar as margens das operadoras, ao mesmo tempo em que acrescentam receita e usuários aos negócios.
Questionado se a nova promoção pode ter efeito sobre as margens, Teixeira disse que o aperto, como o visto no terceiro trimestre, é uma questão sazonal, decorrente principalmente de custos comerciais com a temporada de compras de fim de ano.
Em teleconferência com analistas em 10 de novembro, a diretora de Controladoria da Telefônica havia dito que a empresa via uma pressão nos custos para o quarto trimestre por conta do aumento da atividade comercial de fim de ano, especialmente para telefonia móvel.
Segundo Teixeira, a companhia "está mais competitiva" na oferta de serviços e não nos subsídios a aparelhos, por exemplo, que podem ocasionar forte aperto nas margens.