Frankfurt A reestruturação da Volkswagen alemã entra em uma nova fase: a diretoria da empresa e o sindicato negociam um acordo que poderá resultar em mais trabalho e menos regalias para os funcionários. Mais de 13 mil operários da Volkswagen alemã já se demitiram voluntariamente ou concordaram em se aposentar mais cedo. A montadora quer cortar até 20 mil empregos na Alemanha.
Agora começa uma nova fase na reestruturação da empresa. O presidente Bernd Pischetsrieder quer aumentar a jornada de trabalho nas fábricas alemãs sem aumentar os salários dos trabalhadores. As negociações com o sindicato dos metalúrgicos alemães IG Metall começaram ontem.
Analistas dizem que a Volks poderá oferecer aos funcionários uma participação no lucro da empresa como compensação pelo aumento da jornada.
Como no Brasil, a Volkswagen alemã quer baixar drasticamente os custos de produção, mas tem pela frente negociações duras e complicadas com os sindicalistas.
Um porta-voz da empresa não quis comentar se uma solução semelhante poderá ser empregada no Brasil. Até agora quase 10 mil funcionários decidiram se aposentar mais cedo e cerca de 3,5 mil se demitiram voluntariamente, sem que houvesse maiores atritos com o sindicato. Quem se demite ganha até 250 mil euros de compensação quase R$ 700 mil dependendo de seu cargo e do tempo de serviço.
Segundo o professor Willi Diez, do Instituto de Estudos Automobilísticos da Faculdade de Nürtigen, até agora a paz com os sindicalistas teve um preço alto para a empresa, já que as compensações pagas aos funcionários são muito boas.
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