Protesto
Funcionários da Mercedes fazem greve contra 244 demissões
Funcionários da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, paralisaram as atividades ontem por 24 horas em protesto contra a demissão de 244 metalúrgicos que estavam em layoff. Os cerca de 10,5 mil trabalhadores da Mercedes se unem aos 13 mil funcionários da Volkswagen que também estão em greve em São Bernardo contra a demissão de 800 colegas de trabalho.
A fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais (Grande Curitiba) chamou de volta ao trabalho cerca de 180 dos 600 funcionários que estavam com contratos de trabalho suspensos, no chamado regime de "layoff".
A suspensão valeria por até cinco meses, mas os trabalhadores convocados ficaram apenas dois meses afastados do trabalho. Eles retomaram seus postos na última segunda-feira.
A Gazeta do Povo apurou que o objetivo da montadora é reforçar seus estoques, preparando-se para uma parada de 30 dias na produção, a partir de 18 de fevereiro, logo após o feriado de carnaval.
Durante a interrupção, a empresa vai adequar suas linhas de montagem para a produção do novo Volkswagen Golf e de dois modelos da Audi, que voltará a ser fabricado no Brasil depois de nove anos. Procurada, a Volkswagen não se manifestou sobre o assunto.
Segundo um funcionário da fábrica, as primeiras unidades do Golf serão produzidas em março. A Audi informou que a produção do modelo A3 sedã está prevista para "perto de setembro", enquanto o utilitário esportivo Q3 começa a ser fabricado no primeiro semestre de 2015. Profissionais da Audi vindos da Alemanha e da Hungria já estão trabalhando na unidade de São José dos Pinhais, dedicados à identificação de fornecedores locais, à adequação das linhas e ao treinamento de funcionários.
A "contratação" ocorre no momento em que a Volkswagen acaba de demitir 800 funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, o que deflagrou uma greve.
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