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Redução de custos

Volkswagen cogita cortar trabalhadores temporários, diz conselho

A empresa afirmou também que cortará até 1 bilhão por ano em investimentos na sua divisão principal | Ivonaldo Alexandre
A empresa afirmou também que cortará até 1 bilhão por ano em investimentos na sua divisão principal (Foto: Ivonaldo Alexandre)

A Volkswagen está avaliando a possibilidade de reduzir a quantidade de funcionários temporários como uma das estratégias para arcar com os custos do escândalo das emissões de poluentes, disse neste sábado (17) o conselho da montadora alemã.

Um porta-voz do conselho, grupo de representantes dos trabalhadores dentro da empresa, disse que apoiará esforços para manter os empregos temporários, mas está ciente de que a diretoria tem discutido “cenários diferentes”.

A Volkswagen disse em comunicado que os níveis de vendas e emprego estão imprevisíveis. Na sexta-feira (16), a empresa reportou entrega menor de automóveis em setembro para a divisão principal e para o grupo como um todo, que compreende 12 marcas.

“Se o número de funcionários cair temporariamente, diminuir as horas de trabalho seria uma opção razoável”, afirmou a Volks, acrescentando que a direção está fazendo todo o possível para manter empregos.

Sofrendo após o escândalo de emissão de diesel, a Volkswagen afirmou que cortará até 1 bilhão por ano em investimentos na sua divisão principal.

Alguns analistas dizem que o escândalo pode custar à Volkswagen até 35 bilhões, distribuídos entre adequação de veículos, multas e processos judiciais.

Escândalo e recall Europa

A Volkswagen anunciou na última quinta-feira (15) o recall de 8,5 milhões de veículos com motores adulterados na União Europeia a partir de janeiro de 2016.

Horas antes, as autoridades alemãs anunciaram que ordenariam à companhia que convocasse a revisão de 2,4 milhões de veículos na Alemanha.

A empresa admitiu no final de setembro ter equipado 11 milhões de carros a diesel no mundo inteiro com o software que frauda testes de emissão.

O escândalo fez com que o presidente da companhia, Martin Winterkorn, renunciasse e fosse substituído por Matthias Müller, até então responsável pela marca Porsche.

No Brasil, o único modelo com motorização semelhante à envolvida na fraude global é picape média Amarok, que é produzida na Argentina e tem motor 2.0 turbodiesel. Esse modelo não é comercializado no mercado norte-americano, e a empresa ainda não divulgou uma lista oficial de produtos envolvidos na fraude.

Em Portugal, o ministro da Economia, Antonio Pires de Lima, informou que cerca de 117 mil veículos serão afetados.

Estima-se que no Reino Unido cerca de um milhão de carros irão para a revisão. Na França um pouco menos de um milhão de veículos serão recolhidos.

Os modelos em questão possuem um software que permite falsificar os resultados das emissões poluentes.

Na Itália, a polícia realizou uma busca nos escritórios da VW de Verona e de sua marca de luxo Lamborghini em Bolonha.

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