Diante da crise que abateu o setor de veículos no Brasil, a matriz da Volkswagen já admite que terá de reservar dinheiro para socorrer a filial brasileira. Em conversa com analistas do Deutsche Bank, o vice-presidente financeiro da empresa, Hans Dieter Poetsch, disse que a companhia vai assumir uma provisão de milhões de euros para pagar pela restruturação no Brasil.
“O Brasil permanece muito fraco e eles precisarão reconhecer uma provisão de milhões de euros na casa dos três dígitos para restruturação no quarto trimestre”, escreveu o analista Tom Tokossa em nota.
A Volkswagen tem ajustado a capacidade de produção em sua fábrica em Taubaté (SP), onde fabrica o carro Up, o Gol e o sedã Voyage.
Os esforços da Volkswagen para cortar postos de trabalho em outra fábrica próxima de São Paulo, em São Bernardo do Campo, em janeiro motivaram greves, forçando a empresa a reverter suspensões de contratos de trabalho (layoffs) de 800 trabalhadores e renegociar um novo acordo trabalhista até 2019.
Na quinta-feira (17), os metalúrgicos da fábrica de São Bernardo aprovaram a adesão da unidade ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), do governo federal. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a proposta aprovada prevê redução de 20% da jornada de trabalho na unidade, com igual redução proporcional dos salários pagos pela empresa. Inicialmente, a medida vale por seis meses, prazo que poderá ser dobrado, caso necessário.
A decisão ainda não envolve a unidade de São José dos Pinhais. No fim de agosto, no entanto, um executivo da companhia disse, em entrevista à Gazeta do Povo, que a redução de jornada não estava descartada. Na fábrica, quase 600 funcionários estavam em layoff e voltariam a trabalhar em setembro, mas 450 deles entraram em férias coletivas, um sinal do excesso de capacidade da unidade.
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