As operações de crédito oferecidas pelo sistema financeiro cresceram 0,7 por cento em termos absolutos em janeiro e ficaram em 34,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
A demanda por crédito foi influenciada pela maior procura por pessoas físicas devido aos gastos com tributos e educação, informou o Banco Central nesta segunda-feira.
A taxa média de juros cobrada pelos bancos ficou praticamente estável: 39,9 por cento, frente a 39,8 por cento ao ano em dezembro. O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada dos clientes, passou para 27,4 pontos percentuais, ante 27,2 pontos no mês anterior.
Para as pessoas físicas, os juros médios foram de 52,3 por cento ao ano, frente a 52,1 por cento em dezembro, e, para as empresas, de 26,2 por cento, mesmo valor do mês anterior.
A discreta elevação do spread e dos juros foi impulsionada, segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, pelo aumento da procura por modalidades de crédito como a do cheque especial, uma das mais caras.
Após saldar os débitos do cheque especial em dezembro com renda extra do 13o salário, as pessoas tendem a recorrer novamente ao financiamento no início do ano para fazer frente a gastos sazonais, afirmou Lopes.
Em janeiro, a taxa média de juros do cheque especial foi de 141,9 por cento ao ano, ante 142,0 por cento no mês anterior.
Números preliminares do BC para fevereiro indicam a continuidade do crescimento do volume de crédito. Até o dia 12, o crédito cresceu 1,8 por cento e as taxas de juros médias caíram 0,5 ponto percentual para pessoa física e subiram 0,5 ponto para empresas.
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